1ª Regional de Saúde deverá garantir acompanhamento permanente a Hillary


Por Redação JB Litoral Publicado 05/05/2017 Atualizado 14/02/2024

A campanha em torno da pequena Hillary Bello, de seis anos de idade, que ganhou as redes sociais nas últimas semanas e que foi repercutida no Jornal dos Bairros, incorporou proporções ainda mais significativas. A menina, de apenas seis anos, apresenta necessidades especiais de audição e precisa usar um aparelho que custa 45 mil reais. Ciente da situação por meio do JB, a diretora da Primeira Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, deu uma nova dimensão à história. Apesar de o aparelho ter sido adquirido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ele necessita de manutenção, até pelo desenvolvimento corporal e físico de Hillary. Além disto, em virtude de o litoral guardar condições climáticas diferenciadas, a rápida oxidação é mais comum do que em outros lugares do estado. Passados três anos após o uso do objeto, a mãe da criança, Hillary Bello, percebeu que existiam peças que não funcionavam mais e notou a necessidade de troca.

“Quando ela fez o implante coclear e passou a usar o aparelho, o procedimento foi todo coberto pelo SUS. Porém, havia garantia de três anos e ele acabou expirando. Foi aí que identifiquei a necessidade de manutenção e trocas de algumas peças que haviam oxidado. Fizemos o orçamento e o custo ficou em torno de sete mil reais. Como não possuía imediatamente estes recursos, comecei a campanha pelas redes sociais e a vender os pães para arrecadar este dinheiro”, explicou.

Após a repercussão, a história virou reportagem no JB.
 

Comovida ao ler a reportagem no JB

Quando tomou conhecimento da situação, a Diretora da Primeira Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, também propôs a colaborar, seguindo trâmites legais

Eu li a reportagem sobre a Hillary e fiquei muito comovida com a campanha e com o engajamento das pessoas em ajudar esta criança. Achei muito digna a ação da mãe, que não está medindo esforços em prol da filha. Mas, analisando a situação por um viés formal, percebi que há a possibilidade de o Sistema Único de Saúde, por meio do Hospital de Clínicas, onde ela já faz o tratamento, realizar também a cobertura do valor desta manutenção que é feita a cada 3 ou 4 anos.

Na verdade, o que queremos é fazer com que a Hillary tenha um acompanhamento contínuo e que toda vez que ela precise passar por mudanças no aparelho (em virtude da oxidação e do crescimento da menina), a mãe não precisa passar por estes apuros. Não queremos, de forma alguma, desqualificar a campanha que está sendo feita, pelo contrário, a ideia é garantir mais segurança e tranquilidade a Hillary e a Lohayne”, explicou.

 

Meta alcançada

Apesar de a campanha já ter alcançado a meta, o que garantiu o conserto do aparelho, que deve chegar na cidade nas próximas semanas, Lohayne Bello ficou grata com a preocupação da autoridade de saúde e deve seguir o novo procedimento na próxima intervenção. “Fiquei feliz com a repercussão que a campanha tomou e com o interesse pelo caso, já que nos apresentaram essa possibilidade que eu, sinceramente, não sabia que existia, apesar das noções que já tenho, por lidar com o caso da Hillary desde sempre. Agora vamos conversar pessoalmente e formalizar este acordo que irá beneficiar para sempre a minha filha”, destacou.

De acordo com Nagafuti, a cobertura e garantia de equipamentos de próteses, aparelhos, implantes e similares é um direito adquirido pelo cidadão e o seu pedido deve ser formalizado às autoridades de saúde. “Casos como este são muito comuns. Em primeiro lugar, quando ocorrer, o cidadão deve procurar o SUS para se informar se há a possibilidade de cobertura. Na maioria das vezes, ela é possível, sem necessidade de intervenção jurídica ou outro tipo de procedimento. Basta que o interessado ou algum adjacente apresente as justificativas, que o caso será analisado. No Paraná, estas situações são analisadas com celeridade e, na maioria das vezes, o cidadão é beneficiado de forma integral”, finaliza.