53 famílias de Antonina recebem novas moradias


Por Redação JB Litoral Publicado 25/08/2013 às 21h00 Atualizado 14/02/2024 às 01h59

O governador Beto Richa entregou nesta segunda-feira (26/08) as chaves da casa própria para 53 famílias de Antonina que perderam suas moradias por causa das fortes chuvas ocorridas em março de 2011 na região. As famílias não pagarão nada pelo imóvel.

As casas são do primeiro lote do conjunto residencial Vila Campo do Batel, que terá 88 unidades. Outras 35 moradias estão em construção e serão entregues às famílias até o fim deste ano. Estão incluídas obras de infraestrutura, como drenagem, pavimentação e terraplenagem, feitos pelo governo estadual e a prefeitura.

“Hoje é um dia marcante para essas famílias”, disse o governador. “Depois de tantos obstáculos, finalmente entregamos moradias de qualidade, que vão garantir uma vida mais tranqüila e com segurança a essas famílias. Sabemos o quanto é importante ter uma casa própria”, afirmou Richa. Ele disse que o empreendimento não foi inaugurado antes, por uma série de obstáculo, entre os quais o fato de a empreiteira não ter honrado os compromissos. Houve necessidade de uma nova licitação.

Ao todo, serão entregues 223 moradias para famílias atingidas pelas enchentes e deslizamentos no Litoral. Além de 88 em Antonina, são 85 em Morretes. Destas 33 já foram entregues e outras 52 serão ocupadas em outubro. No mesmo mês ficam prontos 50 imóveis em construção em Paranaguá. O investimento total é de R$ 11 milhões, com recursos do Ministério da Integração Nacional, governo estadual e prefeituras.

Richa lembrou que esteve pessoalmente no litoral, por várias vezes, para conferir os estragos causados pelas chuvas intensas de 2011. “Mobilizamos todo o governo para socorrer as vítimas das chuvas. Não fosse a ação rápida e ágil, teríamos perdido muitas vidas”, disse o governador.

NOVA VIDA – Para a dona de casa Lindracir Ferreira Pereira, de 44 anos, a chave da casa própria significa uma nova vida. “Perdemos tudo na enchente, mas agora teremos uma casa novinha e segura para morar”, disse ela, que morava com o marido Nereu e o filho Tiago na casa que foi totalmente destruída em um deslizamento. “Acabou o medo. Agora estamos seguros”, disse.

O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Mounir Chaowiche, explicou que os projetos das moradias foram apresentados no Ministério da Integração Nacional ainda em 2011. Porém vários entraves precisaram ser vencidos até a conclusão das obras. Segundo ele, houve atrasos no repasse de verbas, na regularização do terreno e a empresa responsável pelas obras faliu no meio do projeto.

“Desde o momento da catástrofe o governador determinou atendimento prioritário às famílias desabrigadas. Hoje, damos uma nova perspectiva de vida às vítimas deste terrível acontecimento”, afirmou Chaowiche.

Jandira Ferreira do Carmo, de 50 anos, estava em casa com o marido José, o filho Adilson, a nora Adriana e o neto Alex no momento do deslizamento. “Saímos só com a roupa do corpo. Perdemos tudo”, contou Jandira. “Não via a hora de ter minha casinha. E agora é mais segurança para o meu neto”, disse ela.

Assim como Jandira, Olívar Amaro do Nascimento, de 60 anos, comemorou a nova casa. “Morei na antiga casa durante muitos anos e vivia com medo. Agora vamos dormir tranqüilos”, afirmou ele. “Me sinto feliz por essa casa ser doada. A gente não teria condições pra comprar uma casa nova”, salientou o aposentado.

SEGURANÇA – O presidente da Cohapar ressaltou que o local onde foram construídas as casas foi estratégico, para dar segurança às família. “O residencial fica num local central e com segurança. Nunca mais essas famílias irão se preocupar com enchentes ou deslizamentos”, disse.

Chaowiche afimou que o governo está em constante conversa com as prefeituras para regularizar a situação de famílias que moram em áreas de risco no Litoral. “Não paramos por aqui. As prefeituras estão procurando novas áreas para que possamos regularizar toda a situação das famílias que se encontram em áreas de risco”.

O prefeito de Antonina, João Ubirajara Lopes, disse que essa é uma procupação grande do município. “Nossa meta é acabar com as ocupações irregulares em área de risco, dar mais segurança e condições de uma vida melhor para as famílias”, afirmou ele. Segundo o prefeito, há cerca de 300 famílias que moram em áreas de risco em Antonina.

A Vila Campo do Batel tem 14 mil metros quadrados e fica na entrada de Antonina, longe de rios e encostas. “Não é só atendermos as famílias, mas atendermos bem”, afirmou Mounir Chaowiche, explicando que a demora na entrega das casas se deve, também, pela dificuldade de achar um terreno adequado.

Participaram da solenidade o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho; o deputado federal, Fernando Francisquini; os deputados estaduais Alexandre Curi, Clayton Kielse, Mauro Moraes, Nelson Justus e Rasca Rodrigues; prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e comunidade.