Alta na venda de bens duráveis durante a pandemia é registrada


Por Redação JB Litoral Publicado 29/06/2020 Atualizado 15/02/2024

As vendas de áudio, vídeo e eletrodomésticos apresentaram um salto de 14% no mês de maio. Produtos de informática, telefonia, linha branca (como geladeiras e fogões), celulares, televisores, móveis e colchões também mostraram tendência positiva após a forte queda nas vendas nos meses de março e abril.

As vendas no comércio varejista no Paraná apresentaram recuperação após quedas nos primeiros meses da pandemia.





 Os dados são do boletim conjuntural divulgado na quinta-feira (25) pelas secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes do Governo do Estado. O trabalho mostra uma possível adaptação na forma de atendimento ao consumidor, e identifica que alguns bens duráveis podem ter experimentado um aumento de demanda em razão da necessidade do isolamento social.

 Um dos novos dados apurados no boletim conjuntural mostra que o Paraná chegou a um saldo de R$ 103,5 bilhões em créditos concedidos a pessoas jurídicas até o mês de abril. O montante aponta um acréscimo de quase R$ 10 bilhões em relação ao resultado de fevereiro.

ATACADO 

 No período de 01 a 21 de junho de 2020, o comércio atacadista paranaense operou em um nível equivalente a 74% do patamar pré-pandemia, apresentando relativa estabilidade em relação a maio. As vendas no comércio varejista no Estado ao Paraná também apresentaram, desde maio, tendência de recuperação após as quedas nos primeiros meses da pandemia.

NOTAS

 O Paraná registra 94% de empresas que emitem documentos fiscais (NF-e ou NFC-e) abertas até 19 de junho. Mesmo assim, o Estado já acumula R$ 1,6 bilhão em perdas de receitas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

No cenário específico do funcionamento das empresas, o boletim conjuntural aponta que 4 mil estabelecimentos que operam no Simples Nacional e 1,050 mil do Regime Normal ainda estavam fechados no dia 22 de junho. No auge das recomendações de isolamento social, entre o fim de março e o começo de abril, havia 37.700 empresas do Simples fechadas, assim como 6.300 do Regime Normal.

PIB

 A projeção do PIB para 2020 mostra sinais de estabilização, uma vez que o valor para a semana atual é muito próximo das duas anteriores, com queda estimada de 6,50%, contra uma previsão de alta de 2,3% estimada para o ano antes do início da pandemia. A expectativa de momento é que haja resultado positivo agropecuária (2,23%) e redução significativa na indústria (-7,12%) e em serviços e comércio (-5,49%).

Segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), embora as projeções do Banco Central indiquem que o segundo trimestre do ano será o mais afetado pela pandemia, o Paraná projeta resultados negativos já no terceiro trimestre (-10,1%) em relação à previsão inicial, e no quarto trimestre (-7,2%).

Apesar da recuperação inicial analisada pelo Ipardes, o boletim conjuntural aponta que é necessário acompanhar o novo cenário e comportamento das atividades econômicas, pois o PIB paranaense deve apresentar retração em todos os trimestres até o final ao ano.

ICMS

 No mês de maio, houve queda de 776,5 milhões (29,9%), em comparação ao mesmo período de 2019. Em relação à Lei Orçamentária, a queda foi de R$ 433 milhões em abril e R$ 853 milhões em maio. A arrecadação de ICMS de abril apresentou melhor desempenho em comparação a maio porque está relacionada, em parte, às operações realizadas em março, que foram afetadas a partir da sua segunda quinzena.

REGIÃO

 Na região do Centro-Sul ao Litoral, passando por Curitiba, Campos Gerais e Região Metropolitana, o comércio varejista e a indústria de transformação, registraram uma evolução em 86,9% e 80,3%, respectivamente, em relação aos dados anteriores à pandemia.