AMEP se posiciona contra organização da Marcha para Jesus e repudia falta de transparência


Por Redação JB Litoral Publicado 06/07/2017 às 21h20 Atualizado 14/02/2024 às 19h16

O que seria a segunda sessão ordinária na sequência da discussão e aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) se tornou na polêmica do final de semana, após o pronunciamento do Pastor Irineu José da Cruz Alves, da Igreja Chama do Avivamento e da Associação dos Ministros Evangélicos de Paranaguá (AMEP) sobre a posição da AMEP para a próxima Marcha para Jesus.

Depois de assegurar que a entidade não se posicionaria politicamente na tribuna da Câmara Municipal e tampouco pretendia atacar nenhuma das autoridades constituída na cidade, o Pastor Irineu expôs a postura do colegiado para este ano, atendendo o convite do vereador Adriano Ramos (PHS) e do Jaime Ferreira dos Santos o Jaime da Saúde (PSD).

Responsável pela organização da Marcha para Jesus nos últimos 11 anos, realizada no aniversário da cidade, 29 de julho, o presidente da AMEP pontuou e justificou os motivos, pelos quais são contra a organização do evento pela prefeitura municipal.

Ele começou afirmando que não possui nenhuma relação com a agenda do cantor evangélico André Valadão para o dia da Marcha, uma vez, que não teve aprovação da Diretoria para estar vinculado ao evento. O Pastor ressaltou que as três últimas gestões da entidade, entendem que a igreja está para servir a cidade e não o inverso. Em razão disto, optaram por não receber qualquer ajuda da prefeitura na execução das marchas, que foram custeadas pelos próprios fieis que participaram.
 

“Neste ano adotamos a mesma postura em relação à cidade pelo amor que nós temos a mesma”, destacou.
 

Em seguida assegurou que a AMEP não participará do show do cantor André Valadão e não dividirão espaço com ele no dia da Marcha para Jesus. O presidente ressaltou que esta decisão ocorreu por decisão de Deus aos pastores, como lideranças da AMEP. “Nós tivemos uma orientação de Deus e entendemos que o governo humano não pode legislar sobre coisas santas”, justificou.

Falta de transparência

O pastor disse ainda que a decisão também se deve a falta de transparência dos contratantes e de alguns fiscais da Câmara Municipal, por se negarem informar a população o tipo de parceria adotada entre o Poder Executivo e a iniciativa privada que culminaram na realização do evento.

O evangélico ressaltou ainda, que esta situação poderá fazer a organização alterar o itinerário costumeiro da Marcha, fazendo valer o direito constitucional de livre exercício dos cultos religiosos. “As decisões por parte do executivo em relação à Marcha para Jesus de 2017 foram tomadas a revelia da AMEP. Por isso há esta disparidade e este conflito de ideias”.

O pastor declarou o respeito às autoridades constituídas da cidade, em especial ao prefeito Marcelo Elias Roque (PV), reiterando que a entidade não faz oposição a governos ou partidos políticos e apenas firmam posição aos princípios, baseados na palavra de Deus.
 

Paraná sem corrupção

Alegando fazer parte do Movimento Paraná Sem Corrupção, o Presidente da AMEP, que apoia a transparência e a fiscalização dos órgãos competentes, finalizou deixando uma nota de repúdio aos líderes da Câmara Municipal, “que se denominam às vezes evangélicos, porém, em momentos como esse abrem mão da transparência e da fiscalização necessária para o bom norteamento e satisfação informativa de nossa população”, concluiu o Pastor.