Appa ignora obrigação e mutirão de empresários arruma trapiche em Antonina


Por Redação JB Litoral Publicado 01/05/2014 Atualizado 14/02/2024

Completamente recuperado e remodelado pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB) no dia 16 de março de 2010, o Trapiche Municipal de Antonina, na época, custou aos cofres do Estado um investimento de R$ 473 mil para uma área construída de 735 metros quadrados.

Naquele ano o espaço recebeu deque de madeira novo, uma estação de passageiros dos barcos – que fariam passeios turísticos -, paisagismo e um balcão de artesanato local e informações sobre a cidade e as ilhas do litoral.

Presenta à inauguração o ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio de Oliveira, destacou que caberia a Appa manter o trapiche em boas condições.

“A manutenção da qualidade do serviço será de responsabilidade dos portos públicos do Paraná. Vamos trabalhar para manter este espaço, tão importante para a cidade, sempre funcionando da melhor forma possível”, afirmou na época.

A ex-secretária do Turismo e Cultura de Antonina, Greice Schmegel, disse na época que o trapiche serviria também para a exposição de trabalhos de artesãos locais, que se revezariam para a decoração do interior da estação de passageiros, no módulo construído bem no centro do elevado de atracação dos barcos.

Da mesma forma, o empresário Wilson Clio Filho, hoje, vice-prefeito da cidade, que fazia oito meses que havia se instalado em um dos boxes do Mercado Municipal, apostava num crescimento de 100% no movimento de vendas com a revitalização do trapiche.

Passados quatro anos da inauguração e a Appa ignorou a obrigação de manter o trapiche em boas condições, a prefeitura praticamente desativou o módulo dos artesões, algumas estruturas da época foram destruídas e o trapiche virou ponto de pesca e de encontro de ciclistas nas noites antoninenses.

O píer que liga o trapiche Municipal com o flutuante caiu em setembro do ano passado e sua recuperação foi feita pelos barqueiros que utilizam o equipamento para suas atividades, através dos seus próprios recursos.

Antes do feriadão de Páscoa, preocupados com a falta de segurança no local, diante da falta de muitas estruturas de madeira que formam o corrimão em torno do trapiche, mais uma vez, um mutirão de empresários da cidade, fez a recuperação da estrutura.

Porém, passados dois dias dos reparos e uma das correntes novas que foram colocadas havia sido retirada e até mesmo parte de uma das estruturas em madeira já havia sido quebrada. A ação de vândalos no local é constante, inclusive com furto dos ornamentos de flores colocados nos enormes vasos dos trapiches. A proibição de trânsito com bicicletas não é respeitada e o local já necessita de uma melhor iluminação.