Armazém Macedo pré-finalizado e boxes na Estação Ferroviária só depois da pandemia


Por Cleverson Teixeira Publicado 31/05/2020 Atualizado 15/02/2024

As obras do Armazém Macedo de Erva Mate, antigo casarão, em Antonina, estão pré-finalizadas. A construtora Biapó, responsável pelo restauro, tem de 30 a 45 dias para realizar os últimos ajustes. Orçada em R$ 6,4 milhões, a reconstrução faz parte do programa do Governo Federal, o PAC Cidades Históricas, e fiscalizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A cidade capelista foi a única região do Paraná a ser contemplada com as revitalizações, as quais estão sendo executadas desde julho de 2018.

A assinatura da ordem de serviço ocorreu em junho de 2018, entre a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, o superintendente no Paraná, José Luiz Lautert, e o prefeito José Paulo Vieira Azim (PSD), o Zé Paulo.

Instalado no centro histórico, o novo espaço abrigará um auditório, uma biblioteca, um deck e áreas comerciais. De acordo com o secretário de Turismo e Cultura do município, Thiago Afonso de Souza, os moradores e turistas também vão contar com uma unidade do Serviço Social do Comércio (SESC), no espaço anexo ao Casarão, onde serão ofertados diversos eventos ao público. “Só falta a assinatura do contrato entre a prefeitura e o Sesc. Vão ser ofertados cursos rápidos e oficinas, todos na área cultural. Vai ter uma cafeteria dentro do local, também”, destacou.

Na quarta-feira (27), o prefeito Zé Paulo reuniu-se com a comitiva do Sesc e demais representantes da prefeitura. Na ocasião, foi feita a vistoria dos trabalhos e a entrega do documento que autoriza a cessão do imóvel ao Serviço Social do Comércio. “Contamos com o apoio dos vereadores que formam a base do Governo na Câmara”, disse Azim em suas redes sociais.

O espaço estava dividido em duas partes onde, de um lado, havia o depósito de erva-mate e, do outro, a casa da família Macedo. O patrimônio com, aproximadamente, 300 anos possui vista para as baías de Antonina e Paranaguá. No local, é possível enxergar arcos de um metro de altura, os quais serviam, naquela época, para segurar as ervas, não as deixando entrar em contato com o solo e o mar.

Boxes na Estação Ferroviária depois da pandemia

Assim como o Casarão Macedo, a Estação Ferroviária, que foi reinaugurada no ano passado, abrigará boxes comerciais, porém, por conta do novo coronavírus, ainda não foi lançado o processo licitatório para a exploração dos espaços reservados. “Estamos segurando a licitação devido à pandemia, porque, se fizermos agora, não vão aparecer muitas pessoas interessadas. Assim que melhorar a situação, liberamos a licitação”, afirmou Thiago Afonso.

Além de boxes comerciais, a Estação resgatará a Maria Fumaça

De acordo com ele, uma sala será reservada para a instalação de um restaurante e uma cafeteria. Haverá um segundo espaço exclusivo para a venda de artesanatos. Serão disponibilizadas, também, mais três repartições para a venda de produtos típicos da região antoninense.

Além disso, com o resgate da Maria Fumaça, a Estação Ferroviária cedeu o local para a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), para a venda de bilhetes. A circulação da locomotiva estava prevista para iniciar no último fim de semana de abril, mas, também por conta da Covid-19, foi adiada para a primeira quinzena de agosto. “O trecho já está praticamente pronto, pois ainda está sendo feita a manutenção. Esse reparo do local vai continuar para sempre, porque é necessário ficar trocando os dormentes”, concluiu o secretário de Turismo e Cultura.

As obras de revitalização do Terminal Ferroviário, assim como as do Casarão Macedo, tiveram a parceria entre a prefeitura, o IPHAN e o PAC. O valor destinado ao monumento chegou a R$1,2 milhão. Foram renovados o telhado e a fachada, contando com restaurações nas partes internas, mas com a preservação de seus materiais originais.