Até quinta-feira (10), caminhoneiros que estiverem no Pátio de Triagem poderão se vacinar contra a Covid-19 e gripe

Os motoristas de caminhão que estiverem agendados para passar pelo Pátio de Triagem, em Paranaguá, de hoje (08) até quinta-feira (10), poderão se vacinar contra a Covid-19 e contra a gripe no local. O horário de aplicação da vacinação é das 09h às 16h.

A ação é fruto de uma parceria entre a secretaria municipal de Saúde (Semsa) e a Portos do Paraná. Caminhoneiros de todos os locais do Brasil e demais trabalhadores do Pátio de Triagem que ainda não completaram a imunização terão a oportunidade de se vacinar.

Neste primeiro dia, diversos motoristas já estavam aguardando na fila para a aplicação pela manhã. O primeiro foi Alexsandro da Silva Lourençon, de Paranaguá, caminhoneiro há 22 anos. “É difícil conseguir parar para dar atenção à saúde se não tiver prioridade. Para nós, que vivemos viajando, é ótimo ter a oportunidade aqui dentro do pátio, enquanto aguardamos, pois não perdemos tempo, não precisamos parar uma viagem. Hoje tomei minha 3ª dose, o reforço, e é muito importante que todos completem a imunização, ainda mais nesta época de alta nos casos”, comenta.

O pedido para a realização da vacinação veio dos próprios motoristas para a administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. “Eles contam que, por viverem na estrada, acabam não tendo tempo de parar e dar atenção à saúde. Levamos essa solicitação à prefeitura de Paranaguá, que prontamente nos atendeu”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

800 motoristas diariamente

Passam pelo Pátio de Triagem, diariamente, cerca de 800 caminhoneiros. A expectativa é imunizar todos aqueles que não conseguiram fazer a imunização em seu local de origem.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Semsa, Marianne Gomes, espera que mais de 500 doses sejam aplicadas em cada um dos três dias de ação. “Vacina a gente tem, estrutura e equipe também, só falta vir o pessoal para se vacinar”, diz.

O caminhoneiro Anacleto Lima Lechinski, de Ponta Grossa, também aproveitou o momento para colocar em dia o esquema vacinal contra o coronavírus. “A gente que trabalha com caminhão não para muito em casa, vive na estrada. Então ter a vacina assim, à disposição em um local que a gente já está a trabalho, é uma oportunidade muito boa”, conta.

Qualquer motorista que estiver no pátio poderá fazer a vacina, independentemente da dose a ser recebida. É necessário, apenas, apresentar um documento com foto e o cartão SUS ou, então, o aplicativo ConectSUS.

Estão sendo aplicadas a primeira dose, segunda e doses de reforço, além da vacina contra a gripe. Para agilizar o atendimento e evitar filas, a equipe de vacinação conta com nove profissionais disponíveis.

Vacinação em toda a área portuária

Além dos atendimentos no Pátio de Triagem, a ação de vacinação deve ser levada, também, para a área portuária na próxima semana. “A intenção é que ninguém deixe e se vacinar por falta de tempo para se deslocar até o local de vacinação”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná.

A técnica de enfermagem da Semsa, Patrícia de Borba Rodrigues, que está aplicando as vacinas, destaca que o objetivo é promover o ciclo completo do esquema vacinal para o maior número de pessoas possível. “Tem muitos caminhoneiros que tomaram a primeira dose e não tiveram a oportunidade de tomar a segunda e o reforço devido às viagens. Por isso, estamos aqui no pátio, que é a porta de entrada para a nossa cidade, e recebe um fluxo grande de caminhoneiros todos os dias”, comenta.

Segundo o diretor-empresarial dos Portos de Paranaguá e Antonina, André Pioli, a união entre a prefeitura, o porto e o Governo do Estado existe desde a chegada do vírus ao Brasil, com o intuito de combater a Covid-19. “É gratificante poder colaborar com essa classe de trabalhadores tão importantes para o Brasil. Os caminhoneiros dedicam suas vidas a estarem nas estradas, levando a economia do Estado, do Brasil e da cidade, e merecem nosso respeito e colaboração nesse período em que precisam, como todos nós, dessa vacinação para estarem protegidos. Se os portos não pararam, foi porque os caminhoneiros não pararam”, conclui.