Atletas dourados: a força que surge da prática esportiva em Paranaguá


Por Marinna Prota Publicado 28/07/2021 às 10h46 Atualizado 16/02/2024 às 08h30

Quando o ouro não brota nas margens do rio Itiberê, alguns aguerridos atletas, que nasceram ou adotaram a cidade de Paranaguá como sua, buscam meios de conquistá-lo mundo afora em quadras, ringues, octógonos ou na areia. Nesse sentido, a cidade vive seu melhor momento, com chances reais de uma medalha olímpica dourada, com Ágatha Bednarczuk, no vôlei de praia.

A atleta começou na modalidade quando tinha apenas 10 anos, incentivada pelo pai, Alfredo Bednarczuk Junior, que era da equipe de voleibol da Polícia Militar, e da tia que eram atleta profissional. A mãe Maria José Vagnoni Moscardi Bednarczuk é a maior incentivadora. Com amor pelo esporte e muita dedicação, Ágatha foi eleita, em 2015, a melhor jogadora do Campeonato Mundial.

Ela é dona de cinco medalhas de ouro, conquistadas em torneiros e campeonatos, a maior parte fora do Brasil. Em 2016, esteve muito perto do ouro olímpico, mas ficou com a prata, quando ainda jogava com Bárbara Seixas. Agora, no Japão, junto com Duda Lisboa, tem grandes chances de subir ao degrau mais alto do pódio. No dia do aniversário da cidade, está nas areias de Tóquio, em partida contra uma equipe canadense.

Ainda na areia, Vinícius Forigo também é um parnanguara que vale ouro. A última participação dele, pela seleção brasileira de Handebol de Praia, foi em 2019. Atuou na defesa e foi campeão da 4ª edição dos Jogos Sul-Americanos de Praia em 2019, realizada em Rosário, na Argentina.

LUTAS

Foto 2 – Filha de um lutador, Jana se tornou uma contramestra reconhecida.

Janaína Souza, ou melhor, a contramestra Jana, é a representante de Paranaguá na capoeira. São mais de vinte títulos conquistados e muito orgulho de representar a cidade. Além de competir, Jana também é professora e repassa os conhecimentos que adquiriu ao longo de 24 anos de muita dedicação ao esporte.

John Lineker dos Santos de Paula encontrou forças para deixar a vida de servente de pedreiro para ganhar seu espaço entre as estrelas do UFC, mesmo contra a vontade do seu pai. Começou a treinar boxe muito cedo com o professor Eraldo, pai da contramestra Jana. Partiu para o Jiu-Jitsu e, na sequência, para o MMA, fazendo sua estreia no UFC em maio de 2012. De lá para cá ganhou o apelido de Hands of Stone (Mão de Pedra).

Em 19 disputas, venceu 15 na categoria peso mosca. Já ao longo de toda a carreira profissional foram 36 lutas com 29 vitórias, sendo 13 por nocautes. No rol da fama do MMA está, também, Júnior “Baby” Albini que, antes de disputar suas lutas no boxe, Jiu-Jitsu e luta livre, trabalhou como garçom e segurança de casas noturnas. Literalmente, Júnior “Baby” é peso pesado, com 1,90m de altura e 120 kg. Tem contabilizado 16 vitórias em 21 embates, sendo sete por nocaute.     

Do boxe para o MMA, Lineker fez história no octógono, levando o nome de Paranaguá bem longe. Foto: Esther Lin, MMA Fighting

Por Katia Brembatti