BRF ganha mais prazo e a previsão de entrega da Belmiro Marques é para setembro


Por Redação JB Litoral Publicado 25/06/2017 Atualizado 14/02/2024

Nascida na gestão do Prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) e iniciada em janeiro de 2016, com um prazo de 12 meses para sua conclusão, a recuperação da Avenida Belmiro Sebastião Marques, pela empresa BRF Engenharia de Obras, reflete o exemplo das obras públicas no país de precariedade e descumprimento de prazos. Prevista para ser concluída na gestão anterior, novos prazos já aumentaram o prazo de um ano para quase dois e, apesar da determinação do prefeito Marcelo Elias Roque (PV) de entregá-la em abril, a empresa postergou sua conclusão para julho, período de comemoração do aniversário de 369 anos da cidade. “Entregaremos essa obra no mês de aniversário de nossa cidade. A revitalização vai mudar a cara da região por onde passa a Avenida”, disse o prefeito em reportagem postada no site oficial.     

Aguardada com ansiedade pelos moradores dos Bairros do Parque São João, Labra, Vila Divineia, Nilson Neves, Comerciários, Bertioga, Ouro Fino e Jacarandá, a sua execução vem sendo marcada pela demora, desperdício de material e uma qualidade que pode frustrar o que seria a grande obra das gestões dos Prefeitos Kersten e, agora, de Marcelo Roque.  
 

Pista de rolamento ainda não apenas com pontos pintados

Projeto gerido pela Unidade de Gerenciamento de Projetos (UGP), que conta com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), inicialmente na ordem de R$ 7.423.280,30, com os sucessivos aditivos assinados entre a empresa e prefeitura, o valor saltou para R$ 9.282.640,79, um acréscimo de R$ 1.859.360,40, cerca de 25% do custo original da obra.
 

Placas na ciclovia levam perigo aos ciclistas

O JB tem acompanhado a realização da obra e cobrado reparos que a empresa vem executando, entre eles, o alinhamento de dois postes que estavam colocados na ciclovia, além de buracos e acabamento do piso junto às residências.

Na semana passada, mais uma vez, a reportagem percorreu a extensão de mais de 11.460 metros quadrados de pavimentação com asfalto a quente e constatou novas falhas, inclusive na sinalização de trânsito, embora ainda não esteja concluída.

 

Pontos sem assento e placas duplas de lombadas

 

Ao longo da Avenida foram colocados 22 pontos pequenos de paradas de ônibus que ainda não estão com os assentos para os usuários do transporte coletivo. A partir do início da via pública a sinalização que divide o sentido da pista continua pintada e segue desta forma até a Vila dos Comerciários. Porém, chama a atenção o fato da ausência da placa de lombada que informa o redutor de velocidade a 100 metros de distância. Até a Vila dos Comerciários encontra-se colocada apenas a placa diante da lombada. Entretanto, a partir do Jacarandá muitas das lombadas foram inseridas de forma que fere frontalmente a legislação de trânsito. Diante do redutor de velocidade foram fixadas placas duplas, algumas com distância de menos de 50 centímetros uma da outra. Em alguns pontos a situação se torna perigosa com placas duplas de lombadas instaladas na ciclovia, levando risco ao trajeto dos ciclistas, com distância de pouco mais de um metro uma da outra. Também se tornou um desperdício de material a colocação de placa de parada de ônibus, diante da própria parada de ônibus.

 

Depósito de material ao ar livre

 

Desde o início da obra a empresa tem usado, como depósito de maquinário e material utilizado, um campo de futebol que foi desativado. Sem tapume e desprotegido, todo o material usado na obra, desde brita, pedra e calçamento em concreto, está de fácil acesso para toda e qualquer pessoa.

Nesta semana a reportagem procurará o engenheiro responsável pela obra para saber como ficará a questão da sinalização da mesma.