Candidato busca vaga para guarda prisional e acaba preso


Por Redação JB Litoral Publicado 15/07/2020 às 16h01 Atualizado 15/02/2024 às 13h02

Parece piada pronta do setor policial, mas aconteceu na manhã desta quarta-feira (15) na sede do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) em Curitiba. Um candidato que buscava vaga como Guarda Prisional foi preso, em flagrante, ao apresentar documentos falsos para o Processo Seletivo Simplificado (PSS) do Depen.  

O presidente da Comissão do PSS, delegado Renan Ferreira, disse que ele apresentou os documentos, primeiramente, no site da Universidade Federal do Paraná (UFPR), como determinava o edital. A Universidade analisou e viu que a certidão de “nada consta” não tinha nenhuma pendência, ele foi aprovado e convocado para assinar o contrato nesta quarta-feira.

Porém, como o processo seletivo do Depen foi extremamente rigoroso, uma análise documental verificou que o candidato apresentou documentos falsos. Ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi encaminhado à Central de Flagrantes de Curitiba.

O candidato, que havia apresentado formação em Direito, uma declaração de que nunca tinha sido condenado ou indiciado e uma certidão de “nada consta”, disse ao delegado que teria recebido a certidão de um amigo.

“Verificamos junto ao Recursos Humanos e o documento que ele recebeu dava conta de que tinha sido condenado pelo Conselho Superior do Depen, com rescisão contratual. Essa certidão foi falsificada”, contou Renan.

Tentativa de retorno ao Depen

A Comissão do PSS descobriu que o candidato havia trabalhado no Depen, mas foi demitido, acusado de facilitar e fornecer informações para uma fuga na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), em 2018. Na época 29 presos fugiram após a explosão do muro da penitenciária. Ele ainda responde ao processo na Justiça, apesar de sua tentativa de voltar para o órgão

Mais 1394 guardas prisionais

O processo seletivo do Depen, em andamento, visa a contratação temporária de 1.394 guardas prisionais que terão como atribuição orientar, vigiar, fiscalizar, revistar e conduzir os detentos de unidades penais e cadeias públicas de todo o Estado.

Com informações da Agencia Estadual de Notícias – AEN