Câmara de Guaratuba rejeita investigação contra prefeito por ameaça de demissões após baixa votação do deputado Nelson Justus


Por Redação JB Litoral Publicado 16/10/2018 às 00h00 Atualizado 15/02/2024 às 05h10
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A Câmara Municipal de Guaratuba, no litoral do Paraná, rejeitou na noite de segunda-feira (15) a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a suspeita de crimes administrativos cometidos pelo prefeito Roberto Justus (DEM).
 

Se fosse aprovada, a comissão investigaria o caso envolvendo um áudio em que o prefeito ameaça demitir quase 100 servidores comissionados por causa da baixa votação do pai dele, o deputado estadual Nelson Justus (DEM).

A votação terminou em oito votos contrários à abertura da CPI, contra quatro favoráveis.

Segundo o requerimento, a CPI investigaria os crimes de quebra de decoro, ameaça, abuso de poder econômico e político por parte do prefeito.

Depois do vazamento do áudio, Roberto Justus disse que gravou a mensagem em um momento de forte emoção. Ele ressaltou que pediu desculpas e que não demitiu ninguém.

Votação

O deputado Nelson Justus, pai do prefeito, obteve pouco mais de três mil votos na cidade, reduto eleitoral do político. Ele perdeu, no município, para o candidato Maurício Lense (PPS), que recebeu 6.098 votos em Guaratuba.

Apesar da baixa votação, Justus foi reeleito deputado estadual com 38.349 votos no estado.
 

Pedido de desculpas

Em uma mensagem publicada no Facebook depois do vazamento do áudio, que causou mal-estar na Câmara Municipal e foi debatido entre os parlamentares, o prefeito se desculpou e negou que pretendia demitir os servidores.

A mensagem, no entanto, foi excluída por ele horas depois.

A Prefeitura de Guaratuba afirmou, em nota, que o áudio foi encaminhado de forma restrita e vazado sem autorização.
 

“Nenhum dos fatos narrados no áudio foram sequer considerados na medida em que arrefecidos os ânimos”, segundo o município, que também afirmou que o prefeito esclareceu a situação com os secretários.