Camping: uma opção de hospedagem segura durante a pandemia?


Por Redação JB Litoral Publicado 21/01/2021 Atualizado 15/02/2024

Por Ricardo Vieira

A resposta é “sim”! Uma das melhores opções de turismo no momento é acampar, de acordo a entidade médica norte-americana Texas Medical Association. Com espaços abertos e mantendo distância das aglomerações, as chances de contaminação, nesse tipo de hospedagem, reduzem consideravelmente. O que não dispensa os cuidados básicos, como o uso de máscaras, utilização de álcool em gel e contato próximo somente com as pessoas que viajarem juntas.

Depois de muito tempo em isolamento social, por conta da pandemia de COVID-19, as pessoas buscam por lazer e descanso, mas não abrem mão da segurança.

Baixo custo e sensação de liberdade. Essa combinação faz com que os campings sejam ótimas opções para quem quer se divertir e descansar no litoral paranaense.

Medidas para conter a propagação do vírus durante a estadia

A maioria dos campings conta com boa infraestrutura, como cozinha coletiva, tomadas com energia elétrica, banheiros, estacionamento, wi-fi, entre outras comodidades. O que mudou neste ano foram as medidas de segurança contra o coronavírus. “Nós aferimos a temperatura de todos na entrada do camping, além de disponibilizar álcool em gel em pontos estratégicos do estabelecimento. Foi necessário reduzir a capacidade em 30%, com espaço maior entre as barracas, não permitindo que uma fique de frente com a outra, evitando assim o contato direto entre os hóspedes”, explica Guilherme José Pirovano, proprietário do Litoral Camping Caiobá.

Camping na praia de Caiobá, em Matinhos – Foto: Arquivo Litoral Camping Caiobá

Para Guilherme, a pandemia reduziu muito o faturamento nesta temporada, “tranquilamente a queda no faturamento está em 50%, na temporada do ano passado meu estacionamento ficava lotado nesse período, até ficavam carros estacionados do lado de fora, tirando o feriado do ano novo, não tenho a lotação do estacionamento interno há dias”, conta o proprietário.

Situação bem diferente dos campings da Ilha do Mel, onde a procura não baixou e mesmo com restrições, não diminuiu o faturamento dos estabelecimentos. “Aqui parece que não tem pandemia, a ocupação está normal, como nos anos anteriores. Foi necessário diminuir a quantidade de barracas disponíveis, mas sem prejuízo no rendimento. Tomamos todos os cuidados extras para tentar evitar o contágio da COVID, como disponibilizar álcool em gel, medir a temperatura, limpeza constante nas áreas comuns e também exigir o uso de máscara”, esclarece Tânia Campos, proprietária do Camping do Clodo, na praia de Encantadas.

Instalações do Camping do Clodo, na praia de Encantadas na Ilha do Mel – Foto: Arquivo Camping Clodo

No litoral, as diárias em campings custam entre 30 e 50 reais, por pessoa.

Campings têm um público fiel que gosta de curtir o Litoral de forma diferente

Além do custo reduzido, para quem gosta de acampar, o momento é de desconectar-se da rotina das cidades, ficar em meio à tranquilidade e criar novos laços com pessoas desconhecidas. Esses são os motivos que levaram a curitibana, Amanda Rodrigues da Silva, a preferir os campings a hotéis ou pousadas. “Acampar me permite ter contato com a natureza de forma livre e descomplicada. O litoral do Paraná tem lugares lindos e paradisíacos e eu acredito que, para contemplar estes paraísos, as paredes só atrapalham”, ressalta Amanda.

Amanda já visitou a Ilha do Mel, Morretes, Pontal do Paraná, Antonina, Ilha de Superagui, além de outros destinos turísticos no estado, em todos tendo o camping como hospedagem. “Hoje em dia, a maioria dos campings nos dão a infraestrutura e segurança necessárias para uma boa estadia, sem interferir na liberdade que busco nos destinos”, complementa Amanda.

Ilha de Superagui – Foto: Arquivo pessoal Amanda Rodrigues da Silva

Com a pandemia, a jovem reduziu a intensidade das viagens, mas planeja novos roteiros, assim que tudo volte ao normal. “Estou ansiosa para voltar a viajar, conhecer mais lugares e desfrutar das belezas naturais do meu estado”, conclui Amanda.

Pico Morumbi – Foto: Arquivo pessoal Amanda Rodrigues da Silva