Ciclone Bomba causa estragos em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 01/07/2020 às 11h58 Atualizado 15/02/2024 às 12h12

O temporal desta terça-feira (30) causou quedas de árvores, bloqueando o trânsito em muitas localidades, e provocando apagões nas redes de distribuição elétrica, além de uma forte chuva em toda a região do litoral paranaense. Em Paranaguá, a ventania chegou a atingir 80 km/h com uma precipitação acumulada de 11 mm.

Na Praça Fernando Amaro, árvores não resistiram à força do vento de caíram. O mesmo aconteceu em bairros como Costeira, Centro Histórico e Leblon. Ontem à noite, grande parte da cidade estava no escuro total. O vendaval atingiu postes de eletricidade causando estragos.

Hoje, pela manhã, muitos bairros ainda estavam sem luz. Equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e demais órgãos de segurança fizeram um levantamento sobre os principais transtornos ocorridos. Um relatório detalhado com todos os dados deve sair no meio da tarde desta quarta-feira (01). Até agora, não há registro de vítimas do temporal.

SEM LUZ

Em muitas regiões da cidade, a interrupção no fornecimento de energia elétrica foi causada principalmente por queda de árvores ou outros objetos. De acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), essas situações demandam serviços complexos de manutenção, às vezes até a reconstrução de parte da rede elétrica. A previsão de religação varia caso a caso, de acordo com a dimensão das avarias provocadas pelo temporal e do tipo de manutenção requerida.

A Copel alerta que, em situações onde há postes quebrados ou fios rompidos, é importante manter uma distância segura. “Os desligamentos em circuitos de média tensão, que são os de maior extensão, são automaticamente identificados pela Companhia. Já a falta de luz em trechos menores e situações de risco podem ser comunicadas pelo cliente. A comunicação de falta de luz pode ser feita pelo aplicativo para celulares, ou enviando um SMS para o número 28593, com as letras “SL” e o número da unidade consumidora”.

SEGUNDO CICLONE

O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) desmentiu a informação sobre uma segunda onda do ciclone extratropical, na tarde de quarta-feira (01). O fenômeno meteorológico, que atingiu o estado na terça-feira (30), deixou grandes estragos no Litoral.

A informação que circulou por redes sociais era que o ciclone voltaria a atingir o Paraná. Em nota divulgada pelo site do Simepar, o meteorologista Samuel Brown explicou que a informação é incorreta.

Há previsão de rajadas de vento para os setores mais ao sul do Estado, mas com velocidade que devem girar entre 50 e 60 km/h, em média. Ontem a velocidade ultrapassou os 100 km/h em várias cidades. Para o litoral do RS e SC os ventos ainda devem atingir intensidade mais elevada”, esclareceu o especialista.

CICLONE BOMBA

O nome do científico do fenômeno é ciclogênese explosiva. Embora tenha provocado inúmeros estragos em toda a região sul do país, os meteorologistas explicam que é algo comum nesta época do ano. A partir de agora, o ciclone segue seu curso, vai se posicionar no oceano provocando ventos muito fortes.

A Marinha do Brasil alerta que o fenômeno pode provocar agitação marinha em alto-mar, ondas de 3 a 4 metros de altura e ocorrência de ressacas. Aos pescadores da região, um aviso importante: a faixa litorânea entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina estarão com mar agitado até a manhã de quinta-feira (02).