85% das prestações de contas de prefeitos não foram julgadas pelas Câmaras do Paraná


Por Redação Publicado 04/03/2021 às 18h48 Atualizado 15/02/2024 às 20h24

Lançado em março de 2020 pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), o Projeto Prefeito Ficha Limpa oportunizou as Câmaras Municipais a exercerem a fiscalização das contas públicas prestadas pelos prefeitos do Paraná, após emissão dos pareceres do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR).

No relatório divulgado na quarta-feira (03) pelo MPPR, o Centro de Apoio detectou possíveis irregularidades no procedimento de julgamento de 192 Casas Legislativas, em 392 prestações de contas.

Destas, 128 foram consideradas irregulares pelo TCE/PR, mais de 85% das contas não foram pelas Câmara Municipais do Paraná.

Estes dados foram compilados no “Painel Prefeito Ficha Limpa” e encaminhados a 45 Promotorias de Justiça e a sete núcleos do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa – Gepatria, que aderiam à iniciativa.

Com isso, até o final do ano passado, 50% das contas que estavam pendentes foram apreciadas pelas Câmaras Municipais e 60% das comunicações de irregularidades ao TCE e à Justiça Eleitoral foram confirmadas. Foram expedidas 13 recomendações administrativas e ajuizada uma ação civil pública.

Em Paranaguá, em 2020, a única prestação de contas julgada pela Câmara de Vereadores foi a de 2012, do ex-prefeito José Baka Filho (PDT), em sessão remota realizada em setembro. A prestação de contas foi reprovada pela segunda vez consecutiva.

Com informações da Assessoria de Comunicação do MPPR