Nesta sexta-feira (6), a pequena Antonina, que abriga pouco mais de 19 mil habitantes, completa 223 de Emancipação Política. A cidade conta com duas datas de comemoração, pois foi fundada em 12 de setembro de 1714 e emancipada em 6 de novembro de 1797. A denominação da localidade é uma homenagem ao Príncipe da Beira, Dom Antônio, o qual era filho de Dom João VI e Carlota Joaquina.
Dono de uma natureza exuberante e um acervo cultural memorável, o município deu os seus primeiros passos em volta da antiga Capela de Nossa Senhora do Pilar, hoje nomeada Santuário e considerada o marco zero da cidade. Com isso, quem nasce na pacata Antonina pode ser chamado de antoninense ou capelista.
Além de ser rodeado por casarões centenários e possuir calçamento de paralelepípedo, que evidencia a preservação da arquitetura colonial, o lugar mantém uma tradição caracterizada por meio de um povo simples e hospitaleiro. A região é conhecida, também, por terra do apelido, das balas de banana, das bicicletas e do carnaval mais animado do Paraná.
E, para quem escolhe o município como ponto de atração turística, conta com diversos locais de lazer. Desde o Trapiche Municipal até a Ponta da Pita, os visitantes podem contemplar a baía e desfrutar de vários pratos locais, sem deixar de saborear o barreado e os frutos do mar.
Antoninense demonstra amor pela cidade
Para a capelista Rafaela Otero Siedschlag, moradora do centro, a região é rica não só em atrativos, mas também em qualidade de vida. Ainda conforme ela, quem sai de Antonina sempre retorna. “Para mim, é uma cidade que se vive, onde andamos livre, tudo é perto, conversamos com todos. É um lugar lindo, amoroso, acolhedor. Quem vai embora daqui, um dia volta”, disse.
Durante a conversa, Siedschlag relembrou, também, o tempo de criança. A Praça Coronel Macedo era o ponto de encontro para as brincadeiras. “Antonina representa o gostinho da infância livre, de correr na praça, perto de casa, de subir nas árvores e tomar banho no chafariz.
E o tradicional desfile cívico, em que escolas e diversas instituições homenageavam Antonina, não ficou de fora. Este ano, apesar de não acontecer por conta da pandemia do coronavírus, o evento foi mencionado por Rafaela.
“Sempre desfilei e achava incrível essa demonstração de carinho. Quando éramos pequenas, eu e a minha amiga carregávamos a flâmula da escola. Portanto, se fosse para definir o meu município com uma palavra, com certeza, seria amor”, finalizou.