Antonina registra primeiro caso de gripe aviária do estado


Por Redação

Primeiro caso foi registrado em uma ave silvestre, em Antonina. Foto: Denilson Pinheiro.

O diagnóstico foi confirmado na última sexta-feira (23). De acordo com a nota da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o caso de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) foi identificado em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus), em Antonina. Este é o primeiro diagnóstico da doença registrado em todo o Paraná.

Segundo a Adapar, a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.

Conforme a agência, foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o estado, em especial nas regiões vizinhas à Antonina.

A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Adapar para evitar a disseminação da doença e proteger a avicultura paranaense”, destaca em nota.

Histórico do caso

No dia 21 de junho, a Adapar foi notificada sobre uma ave silvestre da espécie Trinta-RéisReal (Thalesseus maximus) apresentando quadro neurológico. No mesmo dia foram realizados os procedimentos de colheita de material e envio ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OMSA como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária, conforme prevê o protocolo estabelecido para estes casos.

Todas as propriedades em um raio de 10 quilômetros do foco foram fiscalizadas pela Adapar, e não foram observadas aves com sinais clínicos da Influenza Aviária. Produtores foram orientados a notificarem imediatamente qualquer caso suspeito. A Secretaria de Saúde do Estado foi comunicada e está monitorando as pessoas que tiveram contato com a ave infectada.

Prevenção e cuidados

A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação.

Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar, pessoalmente nas unidades locais ou no site www.adapar.pr.gov.br,  por meio da plataforma e-Sisbravet.

Os donos de aviários também devem reforçar os cuidados com o fechamento de todas as frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo as aves silvestres, possa ter contato com as comerciais. Também é importante não deixar ninguém estranho à produção chegar perto das aves e que aqueles que precisam desse contato utilizem roupas e sapatos específicos para a atividade. As regras aplicam-se também a produtores de ovos. É fundamental sempre lavar as mãos e trocar roupas e sapatos antes de acessar as granjas.

Periculosidade da influenza aviária

 A Influenza Aviária (IA) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, muitas vezes resultando em graves consequências para a saúde animal, para a economia e para o meio ambiente.

A Influenza Aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos nervosos, digestivos e/ou respiratórios, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarréia.

Até a presente data, a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade foi identificada em aves silvestres nos seguintes Estados: Espírito Santo (26 focos), Rio de Janeiro (13 focos), Rio Grande do Sul (1 foco), São Paulo (3 focos), Bahia (2 focos) e Paraná (1 foco), totalizando 46 focos em todo o País.

*Com informações da AEN

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