Comercialização e consumo de moluscos da Baía de Guaratuba estão proibidos temporariamente


Por Luiza Rampelotti
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Consumo e comércio de ostras e outros mariscos está suspenso por tempo indeterminado em Guaratuba — Foto: FDA Adapar/AEN

Na última sexta-feira (26), a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR) anunciou a proibição temporária da comercialização e consumo de moluscos provenientes da baía de Guaratuba. A medida é uma resposta à detecção da ficotoxina “ácido ocadaico” em amostras de ostras da região.

Contaminação Detectada

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) enviou à SESA/PR os resultados das análises laboratoriais realizadas pelo Setor Laboratorial Avançado em Santa Catarina (SLAV/SC), que identificaram a presença da ficotoxina “ácido ocadaico” nas ostras coletadas na Baía de Guaratuba. Esta toxina é produzida por microalgas marinhas que proliferam excessivamente, resultando no fenômeno conhecido como “maré vermelha”.

A “maré vermelha” é um fenômeno temporário caracterizado pela mudança na coloração da água do mar, que adquire uma tonalidade avermelhada. Durante esse fenômeno, moluscos como ostras, mexilhões, vieiras e berbigões podem se contaminar ao se alimentarem das microalgas. O consumo desses moluscos contaminados pode causar sérios problemas de saúde, incluindo náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

O fenômeno é causado pela floração excessiva de microalgas, como dinoflageladas, cianobactérias e diatomáceas, que podem liberar substâncias tóxicas na água. Esses eventos podem levar à morte de peixes e moluscos em larga escala e representam um risco significativo para a saúde humana quando as toxinas se acumulam nos frutos do mar.

Medidas adotadas

Em resposta à contaminação, a SESA/PR determinou a proibição, por tempo indeterminado, do comércio e consumo de moluscos bivalves da Baía de Guaratuba. As Vigilâncias Sanitárias das Regionais de Saúde e dos municípios do Litoral foram instruídas a apreender e inutilizar qualquer molusco bivalve proveniente dessa região que esteja sendo comercializado irregularmente. “A medida visa proteger a saúde pública e evitar surtos de intoxicação alimentar”, informa a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Orientações à população

Para garantir a segurança de todos, a SESA/PR emitiu as seguintes orientações:

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