Por Katia Brembatti
* Este texto foi corrigido depois de publicado
Foi assinada a Ordem de Serviço (OS) para a demolição de um conjunto de silos públicos na área do porto de Paranaguá. O trabalho começa nos próximos dias, com a montagem do canteiro de obras, mas o processo de derrubada gradual da gigantesca estrutura – equivalente a um prédio de dez andares – deve ter início somente no mês que vem. O trabalho foi contratado via licitação. A empresa FBI Demolidora, do interior de São Paulo, venceu a concorrência e vai realizar o serviço, orçado em R$ 3,47 milhões e que deve se estender por nove meses.
O diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, afirma que a demolição faz parte do processo de modernização do porto de Paranaguá, incluindo a reorganização do lado oeste, para abrir espaço para novos terminais que serão construídos, como o da Klabin S.A., que venceu o leilão em 2019. “Dinamizará a área”, resume.
Segundo Garcia, os silos estão há mais de 10 anos sem uso. Faziam parte do contrato de arrendamento da Bunge que, em 2012, comunicou que não mais teria interesse em usar o espaço devido aos custos operacionais. Na prática, a despesa com a manutenção da estrutura antiga é alta. Além disso, a falta de equipamentos mais modernos tornou desvantajoso armazenar produtos no local.
A capacidade estática é de 10 mil toneladas. Já no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO), de 2017, estava prevista a demolição – que precisou de uma série de licenças e também da contratação de um projeto específico.
Como será a obra
As estruturas de concreto não serão destruídas por explosivos. Como se trata de uma área sensível, na região do cais, a técnica de implosão poderia ter o risco de abalar outras construções do entorno. Sendo assim, a opção escolhida foi a demolição mecânica e manual. Significa que máquinas e pessoas atuarão, de cima para baixo, tirando pedaços dos silos.
O prédio de serviço, anexo aos armazéns, conta com uma escada lateral, que servirá de apoio para as obras. Equipamentos semelhantes a escavadeiras farão a retirada da estrutura. O trabalho será complementado por operários. Ainda não se sabe quantas pessoas serão empregadas na obra, pois o plano de trabalho deve ser entregue nos próximos dias. Ao final do processo, o prédio de serviço também será derrubado. A estimativa é de que 5 mil metros cúbicos de entulhos sejam retirados do local.
* Observação:
Na versão impressa, uma foto equivocada foi publicada. O prédio que será demolido é o conhecido como “silinho”, da antiga Soceppar.