Uma reunião entre vereadores de Paranaguá e representantes da concessionária EPR Litoral Pioneiro, que administra o pedágio da BR-277, estava programada para acontecer na manhã desta quinta-feira (25). No entanto, a empresa não compareceu.
No horário previsto para a reunião, vereadores membros da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal e a imprensa estavam reunidos no Palácio Carijó quando o presidente da comissão, o vereador Luizinho Maranhão, informou que recebeu uma mensagem de representantes da concessionária desmarcando o encontro.
Ele desabafou sua indignação contra a EPR Litoral Pioneiro, em um discurso carregado de revolta, onde expôs o que ele classificou como “canalhice” e “mentira” por parte da empresa. De acordo com Luizinho Maranhão (PL), a assessoria de imprensa da concessionária enviou uma mensagem às 8h48 desta quinta, desmarcando a reunião agendada para às 9h.
“A diretoria não poderá comparecer na Câmara nesta manhã devido a um convite emergencial na Secretaria de Segurança Pública, devido aos recentes assaltos na praça de pedágio de Jacarezinho”, dizia a mensagem.
O vereador não poupou críticas, acusando a empresa de agir com “pouco caso” com Paranaguá e o Litoral. Ele expressou sua incredulidade diante da desculpa oferecida pela EPR Litoral Pioneiro, ressaltando que a agenda estava marcada há mais de 10 dias e que a mensagem de alerta foi enviada apenas no momento do ocorrido.
“Já começa muito mal essa praça de pedágio. Se nós vivemos um descaso, um pouco caso com nossa cidade e região, durante a concessão da Ecovia, parece que o filme se repete. Eles querem enganar a quem? Querem mentir para quem? Todos aqui têm compromisso, responsabilidade”, disse Luizinho Maranhão.
A indignação do vereador se intensificou ao afirmar que não aceitaria mais esse tipo de tratamento para a cidade e para a região. Ele questionou publicamente a honestidade da empresa, declarando que não permitiria tal desrespeito ao Poder Legislativo Municipal e à imprensa que leva informações à população.
O vereador não hesitou em classificar a atitude da concessionária como “safadeza” e destacou a importância econômica da região, evidenciando a movimentação significativa de carga e a receita substancial gerada pelo porto de Paranaguá.
“Eles foram inconsequentes, irresponsáveis e com total falta de respeito com uma cidade e com um porto que movimenta 65 milhões de toneladas, que recebe cinco mil caminhões por dia. A maior receita deles. Nós não vamos mais aceitar isso”, finalizou.
O JB Litoral procurou a EPR Litoral Pioneiro para que se manifestasse a respeito da situação. De acordo com a concessionária, a empresa “precisou informar/desmarcar a reunião devido a urgência de uma agenda que surgiu logo na madrugada, envolvendo a questão do assalto na praça de pedágio de Jacarezinho. Em breve uma nova agenda será solicitada. A empresa reitera que está dialogando com todos os municípios e com diversos setores para ouvir as demandas e apresentar o plano de concessão para os próximos anos“.