Governador lança o edital da revitalização da orla de Matinhos
Do JB Litoral, com informações da AEN
Está agendado, para a manhã desta segunda-feira (21), no Palácio Iguaçu, o lançamento do edital de licitação da primeira fase da revitalização da Orla de Matinhos, com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior e do secretariado, além de representantes políticos do Litoral. De acordo com o governo estadual, o projeto de recuperação visa mitigar os efeitos provocados pela erosão marinha, além de contribuir para o controle das cheias e fortalecer, de maneira inédita, o turismo da região.
A fase inicial compreende engorda da faixa de praia por meio de aterro, com 3 milhões de metros cúbicos de areia, estruturas marítimas semirrígidas, canais de macrodrenagem, redes de microdrenagem, revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de árvores nativas, bem como a pavimentação asfáltica e a recuperação de vias. O investimento é estimado em R$ 377 milhões. O projeto já passou pela fase de audiência pública e também de consulta pública, quando contribuições e questionamentos puderam ser enviados ao poder público.
A proposta envolve interferência em oito quilômetros de extensão, do Morro do Boi até o Balneário Saint Ettiene, sendo 6,3 quilômetros, do Morro do Boi até o Balneário Flórida, na primeira fase. A previsão é de que as obras aconteçam em 32 meses. Serão implantados, também, equipamentos urbanos, ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade, revitalização de ruas e calçadas, passarelas para acesso à praia, como estratégia de proteção à restinga, além de paisagismo com árvores nativas.
A segunda etapa, que ainda está pendente de uma série de decisões, prevê investimento de R$ 126 milhões. A expectativa é terminar todo o projeto em 2025. O programa tem licenciamento ambiental, mas é bastante questionado por ambientalistas que destacam os perigos de uma intervenção drástica no local. Por exemplo, o JB Litoral já apontou o receio, de moradores e pesquisadores, de que consequências sejam sentidas em Pontal do Paraná. A preocupação com o risco de erosão vem de uma nota técnica assinada por 17 profissionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que embasou um pedido do Ministério Público para que a decisão de fazer a obra seja revista.