Guaratuba testa ‘capacetes de oxigênio’ para pacientes com Covid-19
Por Marinna Protasiewytch
Desenvolvedores de equipamentos hospitalar criaram uma cápsula respiratória para ajudar pacientes com a Covid-19. O novo dispositivo tem ajudado a liberar respiradores para pessoas em estado mais grave da doença. A prefeitura de Guaratuba adquiriu algumas unidades que foram distribuídas na estrutura da saúde para o atendimento ao público.
Segundo Hellen Morais, fisioterapeuta e especialista de produtos, o ‘helmet’, como é chamado o dispositivo tem a função de trazer oxigenação para os pacientes e conforto durante o uso, ao contrário do que ocorre no processo de intubação.
“Ele traz um certo alívio das vagas de UTI e dos ventiladores mecânicos, que estão em falta. A gente consegue utilizar o helmet nos fluxometros das paredes e isso faz com que o ventilador não precise ser utilizado”, explicou a fisioterapeuta.
Segundo o secretário de saúde do município, Gabriel Modesto, foram adquiridas dez unidades para um projeto piloto nas unidades de saúde. “A gente observou experiências no Paraná, conversamos com o município de Palmeiras, conversei com os técnicos da cidade e trouxemos a ideia para cá. É uma alternativa barata e é uma forma de postergar a necessidade de intubação”, disse.
Testes em pacientes
O secretário municipal de saúde afirmou que os ‘capacetes de ar’ já estão sendo testados no atendimento aos contaminados com a Covid-19. “Já utilizamos em três pacientes, neste momento de pico. Em dois deles tivemos bons resultados e em um deles tivemos um resultado bem interessante. Com o terceiro, ele não suportou essa utilização”, explicou.
“Nós compramos dez unidades para fazer um piloto aqui no município, em todos os pacientes que estão dentro dos requisitos para usar. Continuamos então com esse projeto piloto, realmente é um projeto de baixo custo, próximo a R$500 cada capacete, até conversei com os outros secretários do litoral para eles também implantarem esta medida para a gente também estar trocando ideias sobre a utilização”, concluiu Modesto.