Hospital de Morretes reduz taxa de mortalidade após investimentos em infraestrutura e ampliação de equipe médica

O Hospital Municipal Dr. Alcídio Bortolin, em Morretes, passou por uma série de mudanças nos últimos anos, que vão desde a renovação estrutural até a ampliação do quadro de profissionais de saúde. Essas ações, que somam mais de R$ 1,7 milhão em investimentos, foram implementadas com o objetivo de modernizar as instalações e melhorar as condições de atendimento à população local.

Uma das principais alterações foi o aumento do número de médicos plantonistas, que passou de um para dois profissionais por turno. Além disso, novos equipamentos foram adquiridos. Entre eles estão o aspirador de secreções, ventilador pulmonar, cardioversor, eletrocardiógrafo, bomba de infusão, camas, macas e poltronas. Parte desses materiais foi adquirida por meio de uma emenda parlamentar de R$ 600 mil, enviada ao Município pelo senador Flávio Arns (PSB).

Dentre os reparos realizados, destaca-se a reforma do telhado do hospital. Executada em 2023, a obra custou mais de R$ 496 mil. Já neste ano, foi feita a pintura interna e externa, que demandou um investimento de R$ 168 mil. Esses processos foram conduzidos por meio de duas licitações, as quais garantiram a contratação de mão de obra especializada para a concretização dos trabalhos. 

A diretora-geral da Fundação de Atenção à Saúde de Morretes, Vânia Stopinski, conversou com o JB Litoral. Ela falou sobre o impacto das melhorias na rotina hospitalar. “Uma das nossas primeiras ações foi a renovação dos equipamentos da lavanderia, que já estavam em uso há mais de 30 anos, sem a devida manutenção preventiva. A reforma do telhado também era uma necessidade urgente, pois havia diversas irregularidades na estrutura que comprometiam a segurança dos pacientes”, relatou.

NÚMERO DE MORTES CAI

Vânia disse, ainda, que com o aumento do número de médicos foi preciso contratar mais profissionais da área de enfermagem. Além disso, ela contou que foram compradas ambulâncias que, juntas, somam R$ 500 mil. “Atualmente, contamos com dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem por turno, o que nos permite oferecer um cuidado mais próximo e de qualidade aos pacientes. Também houve a aquisição de duas ambulâncias novas aqui para o hospital, que custaram, em média, R$ 250 mil cada. Isso foi uma conquista”, complementou a profissional de saúde.

Diante disso, outro ponto levantado pela diretora da Fundação foi o resultado positivo alcançado por meio da mudança ocorrida no Hospital Municipal. “Estávamos fazendo um relatório e observamos que a taxa de mortalidade institucional foi de 2% no mês passado. Esse número já chegou a 12%. Com a aquisição de alguns equipamentos, a gente conseguiu diminuir essas mortes”, concluiu Vânia Stopinski.