Idoso fica dois dias caído dentro de casa após ser agredido por assaltantes


Por Redação JB Litoral Publicado 09/02/2021 às 18h15 Atualizado 15/02/2024 às 19h30

Um homem de 61 anos, que precisa de auxilio de muletas para se locomover, ficou em estado grave, após ser agredido por assaltantes no bairro Itapema de Cima, na cidade de Antonina. O idoso só foi encontrado dois dias após o crime, porque os vizinhos estranharam o sumiço dele e acionaram a polícia, na noite de segunda-feira, 8.

Por volta das 20 horas, 8, a Polícia Militar foi informada, através do telefone 190, sobre a situação, onde a solicitante informou que desconfiava que seu vizinho pudesse estar óbito dentro de sua casa, pois o imóvel se encontrava fechado fazia vários dias.

De imediato uma equipe policial foi ao local e, durante o patrulhamento pelo bairro, populares apontaram para uma residência, localizada em uma rua alternativa, relatando que o morador não era visto na localidade há pelo menos dois dias e que seu cachorro de estimação estava sem comida e sem água por todo esse tempo, o que levantou suspeitas, pois ele nunca havia deixado o animal passar fome.

Ao chegarem na moradia, os policiais verificaram que o portão da frente permanecia trancado, com um cadeado, e eles tiveram que pular o muro para chegar próximo da residência. Na sequência, os militares entraram no imóvel pela porta da frente, a qual estava destrancada, e perceberam que havia uma pessoa em um dos quartos, mas que a porta do cômodo estava trancada.

Ao chamarem pelo morador, ele respondeu informando que estava caído e que não conseguia se levantar para destrancar a porta. Os policiais perceberam que o homem respondia cada vez com mais dificuldades e em um tom muito baixo. Então, eles decidiram arrombar a porta do quarto.

No entanto, não foi possível abrir a porta, pois a vítima estava caída no chão, atrás dela, bloqueando a passagem. Os policiais, então, para entrar no quarto, precisaram pular uma janela, contando com a ajuda de populares.

Em seguida, foi verificado quo idoso estava bastante debilitado e que havia uma grande lesão do lado esquerdo da sua face, com inchaço, vermelhidão e secreção em seu ouvido esquerdo, além de sangue seco em seus lábios e boca e algumas escoriações nos braços e pernas.

Na averiguação, os policiais foram informados que a vítima tinha 61 anos e que a mesma faz uso de muletas, pois possui uma deficiência em suas pernas, tendo bastante dificuldade em se locomover quando sai de casa. Imediatamente foi acionado o Samu para prestar os socorros imediato ao idoso.

ASSALTO

Enquanto os policiais aguardavam a chegada dos socorristas, eles descobriram que o idoso tinha sido vítima de roubo. O homem, que se encontrava consciente, relatou aos militares que três indivíduos invadiram a moradia há dois dias e que foi agredido com um golpe na cabeça. Ele contou que os autores subtraíram sua carteira com documentos e dinheiro, além de dois relógios que estavam em seu quarto.

O homem disse também que não conseguiu sair do quarto devido aos ferimentos sofridos e por sua limitação em se locomover, permanecendo dentro do cômodo dois dias consecutivos lesionado, sem água e alimentos, tendo que fazer suas necessidades no local. Ele não soube relatar se mais objetos teriam sido levados da casa, mas informou o nome de dois suspeitos e ainda disse que o conhecia o terceiro, por já tê-lo visto andando pela rua onde mora.

Na sequência o idoso foi encaminhado para o Hospital Silvio Bittencourt de Linhas e foi apurado que a residência onde reside é propriedade de parentes que moram no estado de Santa Catarina, os quais seriam avisados da situação pelos vizinhos, que ficaram responsáveis pela casa.

SUSPEITO

Durante as diligências, um dos suspeitos do delito apontado pela vítima, acabou identificado pelos policiais como sendo um homem já conhecido pela prática de furtos na região. Ainda foi apurado que imagens de câmeras de monitoramento nas imediações podem ajudar a identificar os outros envolvidos.

O caso foi registrado em boletim de ocorrência e encaminhado à 7ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), que vai dar sequência às investigações.