Pé de milho cresce na BR-277 onde o DNIT investiu R$ 1,1 milhão em manutenção


Por Redação JB Litoral Publicado 12/01/2015 às 17h00 Atualizado 14/02/2024 às 05h10

No início de setembro de 2013, o vereador Adriano Ramos (SDD) usou a tribuna da Câmara Municipal de Paranaguá para denunciar o desperdício do dinheiro público, numa obra contratada pelo Governo Federal, através do Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que vinha sendo feito de forma vagarosa e ineficiente pela empresa Engenharia e Construções C.S.O. Ltda.

Tratava-se da obra de recuperação e conservação de 6,6 quilômetros de pista da BR-277, conhecida como Avenida Ayrton Senna, com um custo de R$ 1.1711.579,00 aos cofres públicos. Na época, após seu discurso, o vereador obteve como resposta do DNIT, enviada pelo gerente de Projeto, Zeno José Andrade Gonçalves, que os principais serviços incluídos no plano de trabalho constavam de tapa buraco, remendo profundo, fresagem do asfalto, recomposição do asfalto a quente, corte e limpeza de áreas gramadas, roçadas, limpeza, sinalização vertical e horizontal e recuperação da rodovia. Porém, chamou a atenção do vereador nesta resposta do DNIT, que a empresa havia executado somente 13% do serviço programado, quando restam 377 dias para conclusão da obra, prevista para entrega em junho do ano passado.

Passados menos de seis meses da conclusão da obra, o número de buracos na pista tem aumentado e, alguns tornaram-se perigosas armadilhas nos dias de chuva. Os dois mais perigosos se encontram logo após a rotatória da Avenida Coronel Santa Rita, e o que dá acesso às empresas localizadas na Vila Nova Primavera. O risco de acidente é iminente nestes dois trechos.

Porém, o que mais chama a atenção e se tornou motivo de piada nas redes sociais e nos discursos dos vereadores até o final do ano passado, é a enorme quantidade de pés de milho que nasceram ao longo da pista de rolamento e rente ao canteiro central, que divide as duas pistas da BR-277. A fileira de pés de milho começa após a rotatória de acesso às empresas da Vila Nova Primavera e encerram no alto do viaduto Manfredo Cominese.

A reportagem do JB percorreu a extensão da BR-277 e constatou o crescimento do mato nas rotatórias e diversos pontos de asfalto em situação precária, além da falta de sinalização vertical e horizontal, que o gerente do DNIT afirmou constar no projeto da obra.
Nesta semana, o JB fará contato com o DNIT para questionar sua posição a respeito da atual condição da pista da rodovia federal.