Prefeitura de Pontal do Paraná afirma que não aplicou vacina vencida da AstraZeneca


Por Marinna Prota
prefeitura de pontal de parana

Prefeitura de Pontal do Paraná nega ter aplicado imunizantes vencidos. Foto/JB Litoral

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No fim da sexta-feira (2) um levantamento baseado no cruzamento de dados da vacinação divulgados de maneira oficial pelo governo federal e feito pelos pesquisadores Sabine Righetti, da Unicamp, e Estêvão Gamba, da Unifesp, foi publicado pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Os dados mostraram que mais de 26 mil vacinas teriam sido aplicadas após o prazo de validade. No litoral, Pontal do Paraná aparece na listagem e teria aplicado a vacina da AstraZeneca vencida, mas prefeitura nega.

Segundo o levantamento, sete vacinas da AstraZeneca teriam sido aplicadas vencidas em Pontal do Paraná. Procurada pelo JB Litoral, a prefeitura respondeu através de nota que “recebemos vacinas deste lote em 25/01/21 e foram destinadas para imunização dos trabalhadores de saúde, sendo aplicadas dentro do prazo de validade de 14/04/21“.

Mais tarde, a secretaria publicou no site oficial do município que “devido à repercussão de notícias sobre aplicações de vacinas fora do prazo de validade, a Secretaria Municipal de Saúde de Pontal do Paraná, vem a Público para esclarecer que, isto jamais aconteceu em nosso município. Em conferência com os lotes citados nas matérias, constatamos que a numeração confere com lote recebido em 25 de Janeiro, e com validade até 14 de Abril. Estas doses do imunizante foram destinadas aos trabalhadores de saúde, e aplicadas nos nossos serviços de saúde imediatamente depois de recebidas, portanto, absolutamente dentro do prazo de validade. A secretaria de Saúde de Pontal do Paraná trabalha por amor à vidas. Para salvar vidas. Isto jamais vai ser negligenciado”.

Em nota conjunta, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) afirmou que todos os casos serão investigados e “não está descartado erro do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, que desde o início da Campanha de Vacinação apresenta instabilidade no registro dos dados”.

Em entrevista ao JB Litoral, o diretor da 1º Regional de Saúde, em Paranaguá, José Carlos de Abreu garantiu que “esse fato nunca existiu no litoral e nem no Paraná. Nas próximas horas vai se esclarecer essa questão. O litoral do Paraná recebeu no início duas remessas que tinham prazos de validade um pouco mais curtos. Foi em fevereiro, mas o prazo de validade era para abril e outro entregue em março, que a validade era até 23 de junho”.

Ele ainda pontuou que “nós sabemos que a forma como está organizado, faz com que as vacinas sejam imediatamente aplicadas após a sua chegada. Temos controle da data de entrega, o momento que foi aplicado e esse fato que estão colocando hoje em algumas cidades do Paraná ele não atinge o litoral, quero dar garantia para a população. As vacinas distribuídas dentro do prazo de validade foram aplicadas e esse assunto não deve ser considerado aqui no litoral do Paraná“.

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