Surgimento de áudios de tortura faz defesa pedir anulação de condenações no “Caso Evandro”


Por Redação
caso evandro

Caso Evandro voltou a tona depois de série documental. (foto: divulgação)

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Por Brayan Valêncio

Na busca por explicar os acontecimentos datados do momento do desaparecimento de Evandro, caso que ganhou repercussão nacional, até os julgamentos dos sete acusados, a série documental revela o que supostamente teria sido responsável pelas confissões de Celina e Beatriz Abagge, Osvaldo Marcineiro e outras pessoas apontadas como participantes do crime. A investigação jornalística apresenta fitas que teriam sido gravadas durante torturas no dia da prisão dos suspeitos.

Apesar de deixar diversas dúvidas no ar, a série apresenta que o Estado do Paraná deve ser responsabilizado por erros ao processo. A partir da descoberta dos áudios – que chegaram às mãos de Ivan Mizanzuk, responsável pelo podcast do Caso Evandro, que inspirou a série do Globoplay -, a defesa dos acusados pretende acionar a Justiça para reverter decisões desfavoráveis aos réus, sob a alegação de que houve um vício de origem, expressão jurídica usada para argumentar que uma prova equivocada ao ser incluída em um processo compromete todo o rumo do julgamento.

Esse material em áudio aponta que as confissões são versões do que os inquisidores queriam que fosse considerado como “verdade”. As gravações não tinham chegado ao Ministério Público do Paraná e à defesa dos réus antes da investigação feita pelo jornalista. Apesar de não assegurar a inocência dos acusados, as fitas comprovam as circunstâncias em que os acusados estavam quando admitiram participação no crime.

Evandro desapareceu em Guaratuba e nunca mais foi visto. (Divulgação)
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