Coletivo do litoral auxilia mulheres em situação de vulnerabilidade social


Por Assessoria de Imprensa Publicado 13/09/2021 às 14h02 Atualizado 16/02/2024 às 13h10

O Coletivo Roda d’agua aborda questões de saúde e direitos da mulher no litoral do Paraná. Atualmente o movimento está buscando mobilizar a sociedade para a campanha de combate a pobreza menstrual. O projeto surgiu como medida necessária devido as condições de precarização higiênica que centenas de mulheres e adolescentes acabaram sofrendo durante a pandemia, que já dura um ano e meio.

A campanha emergencial do Coletivo Roda d’agua, busca atender a pessoas com útero ativo, principalmente mulheres adolescentes em situação de vulnerabilidade social e moradoras de rua no fornecimento de itens de higiene menstrual no intuito de proteção social e saúde preventiva.

De acordo com o coletivo, é necessário que haja mais atenção a essas necessidades básicas por parte dos gestores públicos. “Apesar das medidas excepcionais, essa ação necessita de um amparo por política publica permanente. Assim o incentivo a execução do Projeto de Lei Estadual 944/2019 e as leis municipais de Curitiba e Quatro Barras, por exemplo, são importantes para uma medida de proteção da condição e dignidade menstrual das pessoas em situação de vulnerabilidade”, explicam.

Imagem: Divulgação.

Outro ponto importante que o coletivo vem buscando evidenciar é que não são somente mulheres que menstruam, já que Homens trans em situação de vulnerabilidade também passam pela mesma situação.

Além das discussões regionais, Matinhos deve receber um projeto de lei sobre o tema também. A relatoria da nova sugestão deve vir vereadores Rodrigo Gregorio (PODEMOS) e Nivea Gursk (PSD).

O contato para auxiliar o coletivo são pelos telefone (41) 998650-56377 e (41) 99787-2589

ALEP arrecadou 30 mil absorventes para campanha

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (ALEP), por meio da Procuradoria Especial da Mulher, arrecadou até a metade do ano mais de 30 mil unidades de absorventes descartáveis em apoio à campanha Dignidade Feminina, que trabalha no combate à pobreza menstrual. Todo o volume arrecadado foi repassado para escolas estaduais, que mantêm estoques de absorventes para doarem a meninas em situações de vulnerabilidade.

O tema vem ganhando cada vez mais visibilidade em órgãos de apoio à pauta feminina. Por isso, tramita na casa o projeto de lei 944/2019, que prevê a distribuição de absorventes íntimos em escolas da rede estadual e nas unidades básicas de saúde do Estado. A iniciativa garante, segundo a justificativa, dignidade às adolescentes nas escolas públicas e mulheres que procuram atendimento de saúde, uma vez que é destinado às cidadãs em vulnerabilidade social e econômica. O texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia (CCJ) e aguarda parecer das demais comissões temáticas.

O projeto, de autoria dos deputados Boca Aberta Junior (PROS), Goura (PDT), Cristina Silvestri (CDN), Mabel Canto (PSC), Cantora Mara Lima (PSC), Luciana Rafagnin (PT), Michele Caputo (PSDB) e Luiz Cláudio Romanelli (PSB), quer evitar que jovens paranaenses abandonem a escola durante o período menstrual. “Enquanto o projeto de lei tramita para criar uma política pública sobre a Pobreza Menstrual no Paraná, arrecadar essas doações significa mais dignidade para muitas jovens que faltam à escola todos os meses por conta deste problema social grave”, disse a procuradora da Mulher na Assembleia, deputada Cristina Silvestri, ao comemorar os mais de 30 mil absorventes doados.