Coonagro inicia expansão na fábrica de fertilizantes e vai contratar mais pessoal


Por Redação Publicado 08/10/2021 Atualizado 16/02/2024

Uma das principais empregadoras de Paranaguá está em processo de ampliação, para produzir mais e gerar mais vagas de trabalho. A Cooperativa Nacional Agroindustrial (Coonagro) começou uma etapa de expansão das linhas de produção de fertilizantes, para aumentar a capacidade – hoje em 750 mil toneladas e que pode chegar a 1 milhão de toneladas em meados de 2022, quando a obra orçada em R$ 3 milhões estiver pronta.

A empresa está instalada na avenida Senador Atílio Fontana, na região do Embocuí, próxima BR Foods e da Mosaic. Mas a Coonagro nem sempre atuou exclusivamente com fertilizantes. Nasceu em 2008, como um pool de compras para 21 cooperativas paranaenses, para fazer aquisições de produtos em grande escala – chegou a importar pneus, tratores e outros maquinários e, também, a ter um escritório na China, que depois acabou sendo encerrado.

Com o passar do tempo, a preocupação sobre o mercado de fertilizantes, concentrado em poucos fornecedores, fez a Coonagro ir se direcionando para uma atuação exclusiva. Foi aí que surgiu a oportunidade, em 2015, de comprar a planta da Delta Fertilizantes, por R$ 90 milhões. A partir disso, a decisão foi de montar uma cooperativa central, composta por nove acionistas, entre eles a Frísia, a Castrolanda e a Agrária.

Os recursos para a aquisição e para as reformas vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sob intermediação do Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com prazo de dez anos e carência de dois anos. Na empresa desde 2016, Mario Sergio do Prado acompanhou toda essa fase de transição. Ele é o CEO, sigla em inglês para Chief Executive Officer, também traduzido como presidente ou diretor-executivo. A estrutura organizacional da Coonagro é semelhante com a de uma Sociedade Anônima (S.A.), com faturamento anual na casa de R$ 650 milhões.

A mudança de perfil

O Brasil é o maior importador de fertilizante do mundo. Como produtor de alimentos e também de grãos, como soja e milho, para ração animal e outros destinos, acaba sendo dependente dos países que têm minas de fosfato, nitrogênio e potássio – principais tipos de adubos minerais. E 85% do que a agricultura brasileira usa vem do exterior. Esse panorama fez as cooperativas decidirem investir em uma modelo que reduzisse intermediários.

“Nós importamos diretamente. Trazemos navios”, conta o CEO. A matéria-prima chega bruta e é processada na empresa, em um granulador e quatro linhas de misturador. No primeiro ano de aquisição da fábrica, a Coonagro produziu 100 mil toneladas. No ano passado, já foram 600 mil e a previsão é de fechar 2021 com 700 mil toneladas. Cerca de 50% é repassado para as acionistas e o restante é negociado com o mercado. Prado ainda comenta sobre a estrutura, destacando um laboratório de excelência para a realização de análises.

A Coonagro chegou a ter uma sede provisória na Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), mas, atualmente, tem um escritório administrativo em Curitiba, com 20 funcionários. A maior parte da equipe, contudo, fica em Paranaguá, atuando diretamente na produção. São 220 empregados e há perspectiva de contratar entre 20 e 30 pessoas quando a obra estiver finalizada.