Copadubo homenageia caminhoneiros; “Sonho de criança” diz motorista sobre a profissão


Por Marinna Prota Publicado 16/09/2021 às 10h55 Atualizado 16/02/2024 às 13h30

Diariamente cerca de 1.000 caminhões passam por Paranaguá, entre os processos de carga e descarga no porto da Paranaguá. Na Avenida Ayrton Senna da Silva eles são maioria, o local possui diversas instalações voltadas para os veículos gigantes, que trazem imponência. Neste dia 16 de setembro, Dia do Caminhoneiro, o JB Litoral traz um pouquinho do que é a realidade destes trabalhadores.

Emerson Pires Maduro, caminhoneiro há 12 anos. (foto: Diogo Monteiro/ JB Litoral)

“Sempre tive o privilégio e o sonho de ser caminhoneiro. Desde criança sempre tive vontade de dirigir, tirar habilitação, trabalhar com caminhão e hoje estou realizando o meu sonho de criança. Faz 12 anos que eu trabalho nessa área e é bom trabalhar em Paranaguá, porque acho que é a melhor região para dar emprego para motorista profissional”, conta entusiasmado Emerson Pires Maduro, de 32 anos.

Ao lado dele, mais um companheiro que se descobriu motorista ainda criança e que garante que esta foi uma das melhores escolhas da vida. “Era um sonho de infância, acho que a maioria da molecada de antigamente tinha esse sonho. Então entrei para trabalhar em um hortifrúti, foi surgindo a oportunidade, virei caminhoneiro. Sou o primeiro da família no ramo”, explica Josuel Bortolasso de Oliveira, de 31 anos.

Gerente de Operações Leonan Gonçalves Couto. (Foto: Diogo Monteiro/ JB Litoral)

Os dois estavam em uma das empresas de fertilizantes de Paranaguá, a Copadubo, que promoveu uma ação para presentear os motoristas nesta data. Ao JB Litoral, o gerente de operações, Leonam Gonçalves do Santos Couto, explicou a importância de reforçar a comemoração. “O caminhoneiro/motorista é a peça principal da Copadubo e do transporte em geral na cidade. Paranaguá tem o maior porto de movimentação de fertilizante e é graças a eles que nós conseguimos. Além disso, sustentar tantas famílias na cidade e movimentar o setor no Brasil inteiro. Por isso eu digo, eles são a peça chave, são eles que pegam a carga, levam ela. Eles são o coração da nossa empresa e da cidade“, disse o gestor.

Caminhoneiros receberam café da manhã e um presente da Copadubo. (foto: Diogo Monteiro/ JB Litoral)

Os motoristas receberam kits com café e um presente para relembrar a data. O que para alguns se tornou motivo de comemoração pela lembrança da importância daqueles que tem uma atividade extremamente necessária e que não pararam durante a pandemia, garantindo que muitos pudessem estar em casa, abastecidos, com comida, água e combustível.

Josuel ressalta que trabalhar em uma empresa que apoia também ajuda na concretização do sonho. “Aqui é uma empresa que da oportunidade para quem não tem experiência, então a Copadubo em si é um lugar que te dá a liberdade para trabalhar da melhor forma, tem um técnico de segurança para orientar, a rotina e o horário a gente administra”, diz.

“A gente sabe que esse dia não pode passar em branco. É importante falar sobre a importância dessa profissão, por isso esse é um gesto para lembrar eles. Nós temos aproximadamente 1.000 caminhoneiros trabalhando conosco, em cerca de 500 caminhões. Queremos passar essa mensagem para que eles persistam, continuem trabalhando com muita fé, muita garra, pois esse é o segredo do sucesso. Que sintam a importância que eles têm, que tenham noção disso”, ressaltou Leonam.

Vida na estrada

Responsáveis por transportar as mais variadas cargas, os caminhoneiros tem função essencial na logística brasileira, que utiliza a maior parte do sistema por meio das malhas viárias. Segundo um levantamento feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), em 2018, o estado de São Paulo possui a maior frota circulante do Brasil, com 18,9 milhões de veículos (28,76% do total), seguido por Minas Gerais, com 8,1 milhões de veículos (12,28%) e Paraná, com 5,2 milhões de veículos (7,83%).

Nas estradas, os motoristas contam que “não é fácil ser caminhoneiro, tem muitos acidentes. Cada um tem que se cuidar. Mas somos uma família, somos todos unidos”, pontua Emerson Pires Maduro. Mas ele diz que a motivação vem sempre quando seus dois filhos “veem o pai chegando, são apaixonados, querem entrar no caminhão, dar uma voltinha, apertar a buzina, é uma alegria”.