Coronavírus diminuiu a movimentação no pedágio entre Curitiba e o Litoral


Por Luiza Rampelotti Publicado 26/03/2020 Atualizado 15/02/2024
Praça de pedágio entre Curitiba e o Litoral

Desde que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi confirmada no mundo, com milhares de casos no Brasil, inclusive, mortes pela doença, a maioria dos Estados e cidades do país decidiram pela quarentena, um período de isolamento domiciliar que serve para evitar a disseminação do vírus. No Paraná, a atitude teve início na semana passada, a partir do dia 16.

De lá para cá, a média de tráfego de veículos no pedágio que dá acesso ao litoral diminuiu 30%. Antes da quarentena, diariamente trafegavam pelo local, em ambos os sentidos, cerca de 15 mil carros. De acordo com a concessionária que administra o pedágio, a Ecovia – Caminho do Mar, a redução maior é entre veículos de passeio.

Apesar da diminuição, ainda há um grande volume de carros que continuam se deslocando, seja em direção às praias ou à capital. Por isso, o JB Litoral procurou a Ecovia para saber quais as medidas de combate ao coronavírus estão sendo tomadas na praça de pedágio localizada no trecho Curitiba-Litoral.

Segundo a concessionária, são várias as ações realizadas, indiretamente, para promover o enfrentamento à pandemia. “A Ecovia permitiu que os funcionários do setor administrativo trabalhem em home office. Já os colaboradores que ficam no guichê de atendimento no pedágio não podem sair dali e, pensando neles, que estão expostos, fornecemos álcool em gel nas cabines e aumentamos o tempo de intervalo entre eles, para que possam lavar as mãos corretamente, auxiliando na prevenção”, diz.

Limpeza nas máquinas de débito e eletrônicos

Máscaras e luvas não foram distribuídas aos atendentes. “A Organização Mundial da Saúde diz que isso não é necessário, apenas para aqueles que trabalham com atendimento pré-hospitalar”, comenta.

Mesmo com a redução no tráfego, cerca de 10.5 mil veículos passam, diariamente, em ambos os sentidos, pelo pedágio. Esses motoristas precisam parar no guichê de atendimento e, em casos de pagamento com dinheiro, são realizadas duas transações com toque físico: a entrega do dinheiro para o atendente e o recebimento do troco mais o comprovante. Já no pagamento por meio da máquina de cartão de débito, há somente um contato físico: o atendente faz a entrega do comprovante.

Para prevenir a possibilidade de propagação do vírus por meio desses contatos físicos e, inclusive, por meio da máquina de cartão de débito, uma vez que o vírus sobrevive de dois a três dias em superfícies feitas de plástico e aço inoxidável, a Ecovia informa que as máquinas são limpas diariamente, assim como todos os produtos eletrônicos. “Nós recomendamos aos motoristas o pagamento via débito, pois diminui o contato físico entre eles e o atendente. Além disso, o próprio colaborador pode compartilhar o álcool em gel com os motoristas”, conclui.

Além disto, a concessionária destaca que nos Serviços de Atendimento ao Usuário (SAU) estão sendo disponibilizados álcool em gel, além de banheiros onde as pessoas podem parar para lavar as mãos.