CPI volta reduzir questionamentos e insiste na possibilidade de acordo com APPA


Por Redação JB Litoral Publicado 22/08/2017 Atualizado 14/02/2024

Novamente com cerca de 20 minutos de atraso, nesta terça-feira (22) foi realizada a 5ª reunião da CPI das tarifas Portuárias da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) que busca informações complementares a respeito de ação judicial movida pelo Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Paraná (SINDOP) desde 2007, considerada ilegal pela categoria, em razão da incorporação de seus valores ao custo da tarifa portuária desde 1995.

Desta vez, a sessão foi realizada com o quórum mínimo, devido à ausência da maioria dos integrantes da CPI, entre eles, o deputado Tião Medeiros (PTB), que foi Chefe de Gabinete da Superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) de 2012 a 2014. Além do presidente, Fernando Scanavaca (PDT), participaram os deputados, Hussein Bakri (PSD), Doutor Batista (PMN) e Paulo Litro (PSDB), que foi o relator da CPI.

Foram ouvidos representantes das empresas que operam na estrutura portuária paranaense, cujos operadores portuários discordam da forma como ocorreu essa incorporação e buscam na justiça reaver aquilo que consideram uma cobrança ilegal.

Prestaram depoimento, Robison Coutinho Pereira, coordenador de operações da Fertimport; Rodrigo de Queiroz Lima, gerente de Operações Portuárias da Bunge; Hemerson Costa, gerente de Operações da Rocha; e Carlos Alberto Rodrigues da Rosa, gerente Administrativo-Financeiro da Marcon.

Ao término dos trabalhos, o relator – que nesta sessão foi o deputado Paulo Litro (PSDB), na ausência do titular, deputado Ademir Bier (PMDB), sugeriu que a comissão comunique ao juiz da causa que, de acordo com o que foi apurado até agora, quem arca com prejuízos efetivos nessa situação é a APPA, que poderia aplicar os recursos retidos em investimentos para melhorar a estrutura portuária.

Próxima reunião será dia 29

O presidente da CPI, deputado Fernando Scanavaca (PDT), convocou nova reunião para a próxima terça-feira (29), quando serão ouvidos os representantes da Louis Dreyfus, da Teapar, da Sulgrain, da Harbor e da Coamo. Participaram da sessão desta terça, além de Scanavaca e Litro, já mencionados, os deputados Doutor Batista (PMN) e Hussein Bakri (PSD).

Diferente da quarta reunião, desta vez, apesar da CPI ouvir as empresas que fazem os depósitos judiciais referente à ação entre APPA e SINDOP, a quantidade de questionamentos feitos aos operadores foi reduzido e se concentrou na busca de saber se as empresas estariam ou não dispostos a fazer acordo com a APPA.

Mais uma vez, os operadores portuários consideraram altos os valores das tarifas portuárias, apesar de admitirem que os serviços melhoraram nos últimos 10 anos e a Appa vem realizando investimentos da qualificação de seus serviços.

Após mais duas sessões será convocado o SINDOP para ser ouvidos pela CPI. Maiores detalhes sobre os depoimentos dos operadores portuários leia na edição impressa do Jornal dos Bairros que sairá na próxima segunda-feira (21).

 

 

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