Criança de 7 anos é picada por jararaca dentro de casa, em Guaraqueçaba


Por Luiza Rampelotti Publicado 01/12/2022 às 16h30 Atualizado 17/02/2024 às 22h56

Uma criança de sete anos foi picada por uma cobra jararaca dentro de casa, em Guaraqueçaba, na manhã desta quinta-feira (1). Ela foi atendida no hospital do município e, em seguida, transferida para o Hospital Regional do Litoral (HRL), em Paranaguá.

A jararaca é a 4ª cobra mais perigosa do Brasil devido ao seu veneno. Com uma ação proteolítica, o veneno causa necrose e inchaço em quem for picado. Ele também pode causar tontura, náusea, vômitos, hemorragia e necrose que podem levar, em casos mais graves, a amputações dos membros afetados.

Segundo familiares, a menina acordou por volta das 6h30 e foi pegar uma banana, na cozinha. Ao movimentar o cacho, foi picada pela cobra, que estava enrolada nas frutas.

Como a família mora na comunidade do Bromado/Potinga, área afastada da sede, onde está localizado o Hospital Regional de Guaraqueçaba, e o caso aconteceu antes da abertura das unidades básicas de saúde (UBS), a criança foi levada para a casa da coordenadora da UBS Bom Samaritano, Joelma Reded, que mora em Tagaçaba.

Como eles moram em área afastada, chegaram na minha casa 7h40, mas contaram que o caso já tinha acontecido há uma hora. Eu acionei a equipe, o motorista de plantão, o marinheiro da ambulancha e a médica Santa Martins. Fizemos os primeiros socorros e ela foi encaminhada de ambulancha para o Hospital de Guaraqueçaba”, contou Joelma ao JB Litoral.

Após orientação do Centro de Informações Toxicológicas do Paraná, a criança foi transferida para o Hospital Regional do Litoral. Ela está estável.

Protocolo de atendimento

O coordenador da Vigilância em Saúde de Guaraqueçaba, Marionei de Lima Gomes, explica que em casos de acidentes com cobras, há um método a ser seguido pelos profissionais de saúde locais. “Após ser notificado, o paciente é encaminhado para o Hospital Regional de Guaraqueçaba, onde o médico plantonista avalia seu quadro clínico e onde é submetido a exames e cuidados de biossegurança, conforme o protocolo do Ministério da Saúde. Após avaliação, é iniciado o tratamento que é feito com o soro específico para cada tipo de envenenamento conforme a classificação quanto à gravidade. Em casos de complicações sistêmicas, o paciente é encaminhado para o Hospital Regional de Paranaguá, que é a nossa referência”, diz.

O biólogo Caio Fernandes conta que, apesar de a jararaca ser a 4ª cobra mais venenosa do Brasil, ela é a espécie que mais causa acidentes no Litoral. “Por ser região de Mata Atlântica, ela é a campeã regional em relação a acidentes”, finaliza.