Depois da Copa é a vez da eleição parar o país!


Por Redação JB Litoral Publicado 13/08/2014 Atualizado 14/02/2024

O rótulo que somos o país do futebol é antigo e já foi merecido, mesmo assim a Copa do Mundo tem o poder mágico de parar o país, a cada quatro anos. Mas pior que a Copa, o país tem outro freio que para os gestores de estados e municípios, a cada dois anos, a eleição.

Até mesmo uma legislação federal foi criada, justamente para “frear” ainda mais, os gestores do Executivo e Legislativo, para tentar impedir que os custos da campanha tenham acesso as chaves dos cofres públicos. E assim, o eleitor se torna um cidadão prejudicado da ação efetiva dos seus gestores.

Enquanto a eleição oferece pão e circo, os eleitores ficam sujeitos às sobras do tempo de seus gestores e obras que estavam paradas, assim continuarão. Serviços públicos que estavam deficitários ficarão ainda pior e para compensar, os candidatos e gestores investem na troca de farpas, brigas ensaiadas e discursos para seduzir o eleitor e enganar o cidadão.

Em nossa cidade, enquanto se fala e se briga por candidatos, ninguém mais lembra da Delegacia Cidadã, que tem local definido, projeto e não mais interesse de se tornar realidade por quem deveria fazê-la. Da mesma forma, a obra do Centro da Juventude, que, hoje se sabe o motivo de sua paralisação e abandono, continua sendo usado por viciados e prostitutas. Vemos ainda o CAIC e seu ginásio num completo abandono e sendo usados por adolescentes e desocupados nos finais de semana. Os moradores da ilha continuam sendo refém de uma empresa que até agora não disse o motivo pelo qual venceu a licitação para travessia de balsa.

Tudo isso porque o gestor que não é candidato se torna cabo eleitoral e anfitrião contumaz dos que são candidatos. Mas nem tudo é desgraça neste período e nem todos esquecem dos cargos pelos quais foram eleitos. Em plena campanha, a senadora Gleisi não esqueceu da relatoria que deu poder de polícia para guarda municipal de todo país, inclusive a nossa.

Assim no meio destas duas ações que param o país que mais tem feriado no mundo, outro instrumento que também para tudo, é preciso unificar as eleições numa só data e, da mesma forma que a Copa do Mundo, o país vai parar somente de quatro em quatro anos.