Conheça os projetos que mantém o Lar Perseverança em funcionamento e saiba como contribuir

Manter uma casa que abriga 72 idosos e 56 funcionários não é fácil. Mesmo com recursos da Prefeitura, inscrição em editais sociais e com a contribuição de 70% dos hóspedes, os gastos extrapolam o orçamento do Lar Perseverança, em Paranaguá, que precisa constantemente realizar projetos, rifas e pedir doações para empresas e moradores do município para manter o seu funcionamento.

De acordo com a diretora técnica da instituição de longa permanência (ILPI), Manoela Velomim, o custo por idoso gira em torno de R$ 3 mil a R$ 3.5 mil, além dos gastos com a folha de pagamento, que chega a custar R$ 200 mil ao mês e contempla o salário dos funcionários, manutenção do imóvel, alimentação, compra de fraldas (cerca de 200 fraldas por dia e R$ 6,2 mil mensais), saúde e entretenimento.

“Aproximadamente 70% deles contribuem com o valor de R$ 910, mas não são todos que conseguem. Dessa quantia, para o gasto de R$ 3,5 mil que temos, há uma grande diferença, por isso realizamos projetos; para suprir necessidades básicas”, afirma.

Dentre as ações promovidas pelo Lar Perseverança estão a arrecadação de óleo de cozinha, em que a venda é revertida para compra de produtos de limpeza, e a Campanha da Tampinha, na qual são recolhidas tampas de diversos produtos (garrafa pet, shampoo, tampa de margarina etc.), e vendidas para o Complexo Industrial Ecotecnológico (CIETec), sendo, posteriormente, o valor adquirido utilizado para a compra das fraldas.

“Se a pessoa não consegue contribuir com o valor financeiro, pode trazer e depositar tampas de plástico na área de depósito em frente à instituição. Essa é uma campanha muito importante, pois, além de nos auxiliar, contribui para a redução de lixo na cidade”, destaca a diretora.

Outra iniciativa é a campanha “Seu Lacre é a Nossa Energia”, em que a venda dos lacres é revertida para o pagamento da conta de energia. “Nós conseguimos a redução dos impostos em 40%, daí a conta que vinha R$ 9 mil agora vem R$ 4 mil, mas, ainda assim, é um valor muito alto para a instituição, e que poderia ser usado para outros gastos”, explica Manoela.

Feira da Partilha

Graças à Feira da Partilha, realizada em janeiro de 2023 com produtos doados pela Receita Federal de Paranaguá, o Lar Perseverança conseguiu adquirir recursos substanciais para fazer melhorias no imóvel. Dentre elas, estão a construção da lavanderia e rouparia; a cobertura do trajeto até o refeitório, que antes ficava exposto às intempéries climáticas e a manutenção do telhado, que apresentava diversos vazamentos em períodos chuvosos.

“Este foi o primeiro ano em que participamos da Feira da Partilha efetivamente como Lar dos Idosos. Através desse projeto, conseguimos importantes conquistas para o bem-estar deles, que antes sofriam com os vazamentos no telhado, o sol intenso e a chuva no trajeto até o refeitório. Mas hoje, graças a essa contribuição, temos uma estrutura completa”, ressalta a diretora.

Projetos pontuais

Além dos projetos contínuos, o Lar promove iniciativas pontuais para arrecadar recursos em épocas festivas, como é o caso da Rifa dos Namorados, que sorteará um smartphone Poco M3 Pro; um kit Loucas por Make; um vale de R$ 100 no Noz Moscada; um vale-compras de R$ 100 no mercado Gomes; duas limpezas de pele nas clínicas Space e Karoline Kirchhoff e; um kit de Tazóm e Degustta, no dia 10 de junho.

A rifa custa apenas R$ 5 e, para participar, basta enviar um PIX para a chave (41) 99664-1234, da Sociedade de Assistência aos Necessitados, e enviar o comprovante de pagamento para Lorena Heirozo (41) 8405-4451. Também é possível comprar o bilhete pessoalmente ou adquirir uma cartela de vendas para ajudar a instituição, que fica localizada na rua dos Expedicionários, nº 782, Ponta do Caju.

“A colaboração de todos é essencial para mantermos este trabalho em funcionamento. É graças a ela que acolhemos e proporcionamos um pouco de acalento e cuidado tão necessário nesta fase da vida para os idosos, que, na maioria das vezes, são encaminhados pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) após sofrerem algum tipo de violência”, conclui Manoela.