Distribuição de água por poços artesianos ainda levará meses para ser iniciada


Por Luiza Rampelotti Publicado 08/07/2020 às 19h09 Atualizado 15/02/2024 às 12h40
Dois poços já estão perfurados, mas ainda é necessária a conclusão da análise da qualidade da água

Desde junho de 2019, o Paraná vem enfrentando uma forte estiagem devido à escassez de chuvas, que tem gerado falta de água em diversas cidades do Estado, entre elas, Morretes. Apesar de a seca ter diminuído em junho, moradores de determinadas áreas do município continuam sofrendo e, por isso, solicitaram à prefeitura a conclusão de dois poços artesianos, nas regiões de Rio dos Patos e Itaperuçu, para a oferta de água.

Segundo os moradores, os poços já estão perfurados desde maio, e só falta a realização da análise da qualidade da água para que ela seja disponibilizada à população. Em Rio dos Patos, o estudo já foi feito e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que está apenas aguardando o resultado.

Já em Itaperuçu, a empresa Perfugel, contratada para realizar o teste de vazão e potabilidade da água, tentou fazer o serviço no dia 26 de junho, porém, foi constatada uma grande quantidade de detritos subindo pela bomba e houve a necessidade da suspensão da análise. “A verificação deve acontecer até o final deste mês, e o atraso se deu devido à obstrução. A prefeitura já entrou em contato com o Instituto Água e Terra (IAT), que perfurou os poços, e o órgão fará a limpeza e desobstrução. Após esse procedimento, se dará prosseguimento aos testes”, explica a secretária municipal de Meio Ambiente, Melissa Cristina Pereira.

Mais de 200 famílias vivem em ambas as localidades e, neste momento, estão sendo atendidas de forma paliativa pela prefeitura, para que não fiquem totalmente sem água. “Elas estão sendo auxiliadas por meio de caminhões pipa e distribuição de galões de água”, comenta a secretária.

Parceria com o IAT e Sanepar

De acordo com ela, os dois poços foram perfurados em parceria com o IAT, o que gerou uma economia de mais de R$ 200 mil ao município. “A Secretaria de Meio Ambiente só forneceu os materiais de consumo para a escavação: 1.050 (mil e cinquenta) litros de óleo diesel S-10, que custou R$ 3.939,44, e mais dois baldes de óleo solúvel em água, no valor de R$ 804,90. Ou seja, a prefeitura investiu o total de R$ 4.744,34”, diz.

Além disso, o Fundo Municipal do Meio Ambiente também designou R$ 11.200 para a realização dos dois testes de qualidade da água. “A utilização desse recurso foi aprovada pela Câmara de Vereadores e, apesar de o primeiro teste no Itaperuçu ter falhado, não está previsto nenhum valor a mais por esse serviço. Inclusive, a empresa só será paga quando o serviço começar, até o fim deste mês”, afirma Melissa.

Assim que as análises forem concluídas, o projeto dos poços artesianos entra em uma nova fase: a realização de um convênio entre a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que realiza o abastecimento de água na cidade, e a prefeitura. Nessa etapa, será feito um levantamento a respeito do orçamento necessário o qual será a contrapartida de cada órgão para o início das obras de implantação da rede de distribuição. “Segundo informações dos técnicos da Sanepar, essa etapa do convênio pode levar de três a quatro meses”, finaliza a secretária.