Doença mão-pé-boca: o que é, como se transmite e como se prevenir


Por Redação Publicado 21/12/2023 às 23h35 Atualizado 19/02/2024 às 08h36

A doença mão-pé-boca é uma condição contagiosa causada pelo vírus Coxsackie, pertencente à família dos enterovírus, que normalmente habitam o sistema digestivo e podem também provocar estomatites, uma forma de afta que afeta a mucosa da boca. Embora possa afetar adultos, é mais comum em crianças, principalmente antes dos cinco anos de idade.

A transmissão ocorre pela via fecal/oral, através do contato direto entre pessoas ou com fezes, saliva e outras secreções, bem como por meio de alimentos e objetos contaminados. “Mesmo após a recuperação, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes por cerca de quatro semanas”, esclarece a enfermeira Andrea Moura, da Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá.

Sinais da doença

A síndrome mão-pé-boca pode causar febre alta nos dias anteriores ao surgimento das lesões, as quais ocorrem na boca, amídalas e faringe, manifestando-se como manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro, que podem evoluir para ulcerações dolorosas. Também podem surgir pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, e ocasionalmente nas nádegas e região genital. Outros sintomas incluem mal-estar, falta de apetite, vômitos, diarreia e, devido à dor, dificuldade para engolir e aumento da salivação.

Mesmo após a recuperação, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes por cerca de quatro semanas”, esclarece a enfermeira Andrea Moura, da Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá.

Nem sempre a infecção provoca todos os sintomas clássicos, podendo manifestar-se de forma variada, como lesões semelhantes a aftas ou erupções cutâneas, sendo a febre e a dor de garganta predominantes em alguns casos”, explica a enfermeira.

Durante o aparecimento dos sintomas e ao longo do tratamento, recomenda-se o consumo de alimentos pastosos, como purês e mingaus, gelatina e sorvete, que são mais fáceis de engolir. “Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água, são essenciais para manter a boa hidratação, podendo ser ingeridas em pequenos goles”, orienta Andrea Moura.

A enfermeira também aconselha sobre a importância de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, incentivando a prática da higiene mesmo após a recuperação. Ela destaca que outras precauções incluem evitar contato muito próximo, como abraçar e beijar, cobrir boca e nariz ao espirrar ou tossir, manter higiene adequada em casa, creches e escolas, não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos, afastar as pessoas afetadas da escola ou do trabalho até a dissipação dos sintomas (geralmente de 5 a 7 dias após o início), higienizar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos doentes com água e sabão, e descartar corretamente fraldas e lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.