Câmara cobra Viação Rocio e diretor aparece para responder questionamentos


Por MDC Publicado 28/06/2021 às 22h04 Atualizado 16/02/2024 às 06h26

Acabou a novela da presença da Viação Rocio na Câmara Municipal de Paranaguá, sem a participação de nenhum dos convocados no Requerimento 45/2021 do vereador Thiago Kutz (PP) e coube ao Diretor Operacional da empresa, Alaor Moraes, juntamente, com os advogados, Caroline Coelho e Thiago G. Collodel prestarem os esclarecimentos sobre as demissões.

Com a ausência somente do vereador Bruno Miguel Renosto (PP), na parte da sessão que tratou da convocação dos sócios e administradores da concessionária do transporte coletivo, os empresários Donato Gulin, José Mauro Gulin e Rebeca Weldt Golin.

Questionado por Thiago Kutz do porquê desta ausência, o diretor Alaor Moraes justificou que os sócios não participam da gestão do dia a dia da empresa. Disse ainda que Donato Gulin está fora do país e, com uma idade avançada, não participa da gestão. Alegou que José Mauro é mais idoso ainda e não participa de nada.

Por sua vez, Rebeca Gulin, Diretora Executiva da Viação Rocio, segundo Alaor Reis, estava na estrada e não havia conseguido chegar, mesmo com participação ter sido agendada desde o dia 22.

Com isso, na condição e funcionário do grupo, o diretor disse que está toda semana na cidade e sabe tudo que acontece na empresa. “Sei muito mais da empresa do que os próprios sócios”, garantiu.

Entretanto, no repasse das informações durante a sessão, muitas delas não esclareceram dúvidas e outras que Alaor Moraes admitiu não ter conhecimento e não soube responder.  

Falta de respostas e sem conhecimento

Entre as informações que ficaram sem resposta, vale ressaltar o questionamento do vereador Adalberto Araújo (MDB), se durante todos esses anos, a empresa passou por processo administrativo pela prefeitura por falha na prestação, se houve multa e qual o valor.

Apesar de o vereador questionar “todos os anos”, de forma evasiva, Alaor disse que não ter ocorrido “recentemente” e, ajudado pela advogada, alegou que ocorrem fiscalização, mas admitiu que não iria lembrar se a empresa teve “alguma multa recente”.

O vereador Edilson Caetano (Republicano) também contestou o questionamento da falta de álcool em gel nos ônibus, que diretor disse não haver. “Vou verificar esta situação que foi passada pelo vereador Edilson, se de fato está faltando álcool nos ônibus. Não é para estar acontecendo, algo novo para mim”, adiantou o diretor.

Também ficaram vagas as respostas das as vereadoras Isabelle Dias (PSB) e Vandecy Dutra (PP), onde a primeira questionou sobre os sucessivos problemas nas rampas elevatórias e a segunda, as recorrentes quebras dos ônibus das linhas que fazem o itinerário de Alexandra e Rio das Pedras, que geram diversas queixas da população.

Quanto ao motivo que gerou a convocação, que foram as demissões, algumas por justa causa, a empresa defendeu que elas não ocorreram por conta do movimento de grave e sim situações que dizem respeito ao que determina a legislação trabalhista em vigor. Neste assunto, para Adalberto Araújo alguém está mentindo, fazendo referência a empresa ou trabalhadores. “Obviamente quem vai decidir se foi justa ou não é a Justiça do Trabalho”, disparou o vereador.

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