É preciso levar a sério o Covid-19


Por Publicado 23/03/2020 às 19h25 Atualizado 15/02/2024 às 08h48

Muitas pessoas no país estão assustadas com a disseminação meteórica do coronavírus, o novo COVID-19, e, em Paranaguá, não está sendo diferente. Mas tem ocorrido um contrassenso em relação às medidas adotadas, pois muitos, mesmo temendo contrair o vírus, não estão levando a sério ações básicas de prevenção.

A começar por ignorar a recomendação de como proceder no cumprimento ao encontrar amigos, uso constante do álcool em gel e evitar a aglomeração pessoas.

Apesar de recomendada também, a máscara ainda não chega a ser imprescindível, levando em conta não haver no litoral e, na cidade, nenhum caso confirmado. Mesmo assim, melhor se precaver no exagero do correr risco pela falta de cuidados.

Da mesma forma, se cogita medidas radicais que podem interferir, de forma decisiva, e por tempo indeterminado, na vida das pessoas e da cidade, como o pedido de fechamento do porto nesse período.

Com o rótulo de pulmão do Paraná, o porto de Paranaguá, com baixa movimentação proporciona reflexos diretos no comércio e nas famílias de todos os que vivem da operação portuária, principalmente as empresas.

Com ele parado, como cumprir obrigações de impostos e pagamento de funcionários sem comercialização de seus produtos na exportação ou importação? Como garantir renda aos quase três mil trabalhadores portuários avulsos que operam nos navios?

A fobia por parte de muitos segmentos está criando extremos que fogem do bom senso e realidade, principalmente porque quando essa fase ruim passar, como aconteceu com o cólera e a dengue, não serão os governos, municipal, estadual e federal, que irão reerguer sólidas empresas na cidade e no país.

Nas redes sociais se criticou a decisão de não parar o porto, sem considerar que ele impacta numa gama de trabalhadores, diretos e indiretos, que passam de 40 mil na cidade.

Mas que é preciso zelo e prevenção neste momento, não se discute, contudo não se pode e nem se deve radicalizar esta situação e pôr em risco toda uma cidade e um Estado.