Em 2014, companhia do BPMA já atendeu mais de 2 mil ocorrências na região litorânea e na RMC


Por Redação JB Litoral Publicado 22/01/2015 às 08h00 Atualizado 14/02/2024 às 05h29

 

Responsável pelo policiamento ostensivo no litoral e na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), a 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Ambiental (BPMA) tem atuado na preservação ambiental por meio de ações policiais nas áreas de conservação ambiental (parques nacionais e estaduais, rios e o mar). Em 2014. 97 pessoas foram presas em flagrante e outras 190 assinaram Termo Circunstanciado (TC) por envolvimento em crimes. Mais de 600 aves e quase 300 animais silvestres foram apreendidos pelos policiais ambientais.

Durante doze meses, foram 2.827 ocorrências atendidas e, destas, 907 eram de situações ambientais, sendo que a maior parte foi de questões ilegais contra a flora (305), seguidas pela fauna (279), pesca (216) e poluição (107).

?Nós recebemos muitas denúncias anônimas nos postos do BPMA e pelos números de nossas unidades. Muitas denúncias são realizadas por vizinhos que vem alguma irregularidade, além de identificarmos vários delitos ambientes durante patrulhamento a pé, motorizado e aéreo?, disse o comandante da 1ª Companhia do BPMA, capitão Durval Tavares Júnior.

Nas atividades do BPMA, 97 pessoas acabaram presas em flagrante e 190 assinaram Termo Circunstanciado para responderem à Justiça pelos atos ilícitos. Além dessas, 246 pessoas foram noticiadas ao Ministério Público do Paraná e 45 ao Ministério Público Federal, totalizando 291 ofícios de informação de crimes ambientais. O resultado do atendimento dos policiais militares às ocorrências resultou na apreensão de 34.520 metros de redes de pesca de malhas diversas, 27 embarcações de pequeno e grande porte, 67 unidades de redes de arrasto de camarão, 81 tarrafas de malhas diversas, 412 gaiolas e 60 armas de caça.

Também foram apreendidos 744 Kg de peixes, 3.344 Kg de camarões, 689 pássaros silvestres, 290 animais silvestres (alguns abatidos e outros soltos na natureza), 15 cobras, 11 tartarugas e 967,02 m3 de madeiras nativas, que em sua maioria foram doadas. Os animais resgatados passaram por um período de recuperação e depois foram soltos na natureza.

O capitão Tavares destacou o que foi mais apreendido durante os trabalhos policiais. Dos 689 pássaros silvestres apreendidos, 166 eram da espécie Coleiro, ave mais apreendida em 2014. O gambá foi o animal mais apreendido, com 23 exemplares, assim como a Pescada, que teve 465 kg apreendidos. Na flora, a madeira mais apreendida foi a mais cortada Canela, com 441,50 m3. ?O Coleiro é um pássaro do litoral e tem canto bonito, não é o mais caro, mas é a espécie mais fácil de capturar. A pescada é considerada um peixe de cardume e com valor comercial alto. A canela é uma madeira nobre comparada a imbuia e por isso também é visada pelos criminosos?, explicou o capitão Tavares.

Quando não são vítimas de redes e de disparos de arma de fogo, os animais silvestres caíram em armadilhas. Em 2014 foram apreendidas 4.130 armadilhas para captura de pássaros, animais e/ou crustáceos e 12.837 m de rede de pesca malha 7,0 cm. ?Apreendemos alçapão de passarinho, laços, caixas de gambá, cobras para captura de tatu, enfim, vários artifícios que capturam toda a sorte de animais silvestres?, afirmou o comandante da unidade.

As operações também tiveram destaque em 2014, atuando no combate à caça, pesca predatória, contrabando de animais silvestres e de madeira. Ao todo foram realizadas 749 operações, sendo 231 bloqueios de via, 74 na prevenção da caça, 98 em defesa dos peixes, 41 na prevenção do corte de palmito, 31 contra a pesca irregular de camarão, 23 na região da 5ª milha (embarcações grandes que capturam tainha além da 5ª milha) e 61 na área de 1ª milha (pescadores instalam redes para capturar camarão em locais proibidos). Além dessas operações, outras 190 foram desencadeadas ao longo do ano, como as patrulhas Sonora, Rural, Pinhão e Desmate.