Empresário espera quase 2 horas por atendimento em banco de Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 17/03/2014 Atualizado 14/02/2024

Mesmo com duas legislações, municipal e estadual, determinando uma espera máxima de 20 minutos para o atendimento bancário, no último dia do mês de fevereiro, o empresário James Gilson Berlim, esperou por quase duas horas para ser atendido no banco HSBC em Paranaguá.

O empresário conta que depois e esperar 10 minutos para pegar a senha para o atendimento, o que ocorreu exatamente ás 14hs27 e só foi atendido pelo caixa às 16hs21, o que considerou um desrespeito para com o usuário da unidade bancária e uma afronta as legislações vigente na cidade e estado.

Conhecedor das leis, Berlim ressalta que tanto a Lei Estadual nº 13400/2001 e a municipal nº 2.990/ 2009, estipulam o mesmo horário máximo de atendimento, que é de 20 minutos em dias normais e até 30 minutos em véspera ou após feriados prolongados. O empresário ressalta ainda que, no caso do atendimento preferencial – voltado para idosos, gestantes, pessoas portadoras de deficiência física e pessoas com crianças de colo – o tempo cai para 15 minutos. “Estes prazos, inclusive, devem ser informados aos clientes por meio de cartazes, coisa que não existe no banco”, dispara Berlim.

O empresário lembra ainda que as duas leis preveem penalidades aos bancos infratores, que vão desde multas até a suspensão do alvará de funcionamento, revogação de concessão ou permissão de funcionamento e cassação de licença do estabelecimento ou de atividade.

Vale ressaltar que em maio do ano passado o Procon do Paraná multou os bancos Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil, HSBC e Santander por desrespeitarem, justamente, a lei que estabelece tempo máximo de espera para os clientes. Juntas, estas instituições financeiras foram multadas em R$ 4.033.929,60. Foi a primeira vez no ano em que os bancos foram multados por infringirem a lei dos 20 minutos em 2013. De acordo com o Procon, o dinheiro da multa é destinado para uma conta do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor (Fecon). Os recursos são utilizados em projetos de modernização administrativa das unidades do PROCON, em eventos educativos e edição de material informativo, no desenvolvimento de programas de capacitação e também no aperfeiçoamento de recursos humanos.

Indignado pela perca de tempo e desrespeito a legislação, o empresário garante que irá entrar com uma ação por danos morais e materiais contra o HSBC, para fazer valer seus direitos.