“Entre a farda e a maternidade”, assim vive Leciani, mãe e policial militar


Por Marinna Prota Publicado 09/05/2021 às 12h53 Atualizado 16/02/2024 às 01h38

Por Marinna Protasiewytch e Diogo Monteiro

Servir e proteger tem um sentido diferente para Leciani Oliveira. Policial Militar, ela também exerce o maior papel de sua vida: o de ser mãe de dois filhos, Mirella e Theodoro. Neste dia 9 de maio, o JB Litoral preparou uma mini série de entrevistas para contar um pouco da história de mães do litoral, que são verdadeiras “heroínas da pandemia”.

Leciani e os filhos. (Foto: Arquivo pessoal)

Uma rotina ainda mais estressante, com a responsabilidade de salvaguardar a vida da população do litoral, mas também a dos seus próprios filhos, cuidando da higiene e tomando precauções para prevenir a contaminação pelo coronavírus. Este é o retrato do que passa Leciani desde o início na pandemia.

Antoninense, ela mora agora em Paranaguá e sustenta seus filhos com a profissão de militar. Mas a mudança da rotina contou com alterações além do trabalho, com as aulas online a dificuldade foi grande para manter as duas crianças em casa.

“Com a chegada da pandemia ficou ainda mais difícil, conto com a ajuda da minha mãe que também é minha rainha. Confesso que sem ela não conseguiria, pois é minha base. Como as aulas foram suspensas é quem cuida do meu bebê de 3 anos e minha mais velha já é toda independente, estuda, trabalha e tem sua própria rotina”, revela.

(Foto: Arquivo pessoal)

O trabalho no policiamento também exige que ela faça um grande esforço para participar da vida dos filhos. “Rotina não é uma tarefa nada fácil, você conseguir conciliar o fato de ser mãe, dona de casa e Policial Militar. Conseguir separar as situações não levar o estresse de casa para o trabalho, e muitas vezes não trazer as frustrações do trabalho para casa, pois na maioria das vezes nos colocamos no lugar da vítima”, conta Leciani.

“Chegar em casa cansada e mesmo assim tirar a farda e ir brincar com o filho, contar histórias, fazer a tarefa da escola, dar o carinho que ele esperou o dia todo. Andar de bicicleta, soltar pipas e entre um intervalo e outro realizar os afazeres da casa, sempre dando uma respirada”, explica.

Entre a farda e a maternidade: uma heroína

Como tantas outras mães, Leciani encara a rotina de frente e leva nas costas todos os problemas, blindando seus filhos e mantendo a família de pé.

“Eu me considero uma heroína, pois além de superar todos os desafios impostos a minha pessoa durante o trabalho, consigo desempenhar o papel de mãe com excelência. Dando todo amor e carinho que meus filhos precisam. Ser mãe é uma dádiva, é um presente de Deus, é só as heroínas conseguem desempenhar esse papel”, destaca a policial.

Como não poderia ser diferente, as mães do litoral, sem combinar, desejam em uma só voz aquilo que todo o mundo espera: saúde. “Meu maior desejo nesse Dia das Mães e que todos tenham saúde, pois diante dos fatos, essa tem sido a joia mais cara”, concluiu.

O JB litoral também abriu espaço para deixar uma mensagem escrita pela policial para todas as mães neste dia tão especial. Veja