Escola Gil Feres inicia ano letivo com pátio perigoso e sem aulas de educação física


Por Redação JB Litoral Publicado 21/03/2015 Atualizado 14/02/2024

 Preocupado com a falta de providência pela prefeitura de Antonina em relação ao acesso dos alunos à escola municipal Gil Feres, o perigo que se encontra o pátio de recreação e a ausência de aulas de educação física, um pai de aluno denunciou o caso no Conselho Tutelar e o Ministério Público do Paraná (MPPR) sem obter nenhum sucesso desde 2014. 

 Em outubro do ano passado, Roberto Carlos Posio, pai de um aluno de apenas cinco anos do 1º ano do ensino fundamental, ao vistoriar a escola onde seu filho passaria a estudar, ficou preocupado ao constatar diversas situações que levavam risco a integridade física, questão pedagógica e a segurança do seu filho e demais alunos da escola municipal Gil Feres.
Ele notou que o ônibus escolar não possuía um profissional em seu interior para monitorá-las, assim como na chegada e saída do colégio, para que possa garantir o acesso seguro da criança ao interior do colégio. Porém, ao conhecer o pátio de recreação, a sua preocupação aumentou ao se deparar com obstáculos de concreto e PVC na área dedicada ao lazer dos alunos e o perigo de fios de eletricidade descobertos e soltos.“O pátio de recreação mais parecia um verdadeiro campo minado”, disparou Roberto.

  No pátio havia uma caixa de concreto, um tubo de PVC cortado e fios de energia elétrica bem próximos de uma torneira, levando risco  a integridade física dos alunos alunos de cair e se machucar com gravidade.

 Roberto observou ainda que faltam placas de sinalização na Avenida Conde Matarazzo para chamar a atenção dos motoristas que transitam pelo local.
 Até mesmo a questão pedagógica se tornou algo de preocupação para o pai, ao saber que a escola não ministra aula de educação física aos alunos pela falta de profissional da disciplina.
 Diante de toda esta situação, o pai procurou a diretora que expôs sua dificuldade em sanar estes problemas e sugeriu que procurasse a Secretária de Educação e Esporte, Lucicleia Lopes de Ramos, irmã do prefeito João Ubirajara Lopes (PSC), o João Domero.

Secretaria, Conselho Tutelar, MPPR e Câmara

 Atendendo a orientação da diretora, antes de procurar a Secretaria de Educação, Roberto oficializou uma denúncia sobre estes problemas no Conselho Tutelar ainda em 2014 e depois procurou Lucicleia Ramos, que informou que as obras haviam terminado e não poderia fazer mais nada, mas assegurou que em seis meses a situação seria resolvida. Indignado com a resposta, o pai deu a Secretária de Educação 15 dias para sanar o problema e protocolou este pedido na secretária. Desolado com o que ouvira, o pai prosseguiu sua maratona em busca da solução e denunciou essas irregularidades ao Ministério Público do Paraná, protocolando com diversas fotos comprobatórias.  Porém, para surpresa de Roberto, ao retornar ao MPPR descobriu que a denúncia havia sido arquivada por falta do protocolo da Secretaria de Educação, que por sinal, constava no documento recebido pelo órgão, e que as fotos haviam sido extraviadas. Roberto tornou a fazer a denúncia com novas fotos e, ao retornar, soube que a prefeitura havia se manifestado e se comprometido em solucionar o problema em seis meses. Ao pedir as fotos feitas pela segunda vez, novamente recebeu a informação de que foram extraviadas.

 No início do ano letivo em fevereiro, Roberto foi chamado para uma reunião de pais com a secretária de Educação, onde ela foi enfática ao informar que não haveria monitores para os ônibus escolares e nem professor de educação física para dar aulas no Gil Feres. Ao encerrar a reunião, o pai procurou a presidente da Câmara de Vereadores e expôs seu drama. Sensibilizada, a vereadora Marigel Alves Machado, fez um requerimento cobrando informações e providências que foi aprovado por unanimidade pelos vereadores no dia 10 de fevereiro.
 Ainda sem nenhuma solução, Roberto garante que não vai parar de buscar solução aos problemas no Gil Feres para assegurar segurança ao seu filho e aos demais que lá estudam. O próximo passo será levar o caso para mídia estadual, no caso a RPC TV e para a Corregedoria do Ministério Público do Paraná.

A reportagem do JB procurou o prefeito João Domero para dar sua versão sobre o assunto e informar quando esses problemas serão sanados, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.