Escolas de Samba tem até dia 29 para devolverem recursos do Carnaval 2016


Por Redação JB Litoral Publicado 27/12/2016 Atualizado 14/02/2024

Um dos muitos princípios da famosa Lei de Murphy, diz que “se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”. O Carnaval de 2016 em Paranaguá provou o quanto lei está correta. Depois de cinco datas definidas e canceladas pela Associação das Escolas de Samba de Paranaguá (AESP) e prefeitura, o presidente da AESP, Julio Cezar Mariano e o prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) cancelaram a Festa de Momo no município, após reunião realizada dia 20 deste mês.

Entretanto, cinco dias antes, uma reportagem no site da prefeitura informou a última data para a realização do Carnaval e o desfile das escolas de samba aconteceria no Reveillón. Juntas, AESP e Prefeitura definiram para o dia 31 de dezembro a realização dos desfiles das agremiações como festividade para o Carnaval. Até mesmo o local foi definido, para as comemorações simultâneas da entrada do Ano Novo e também para os festejos de Momo, seria a Praça de Eventos Mário Roque.

Na reportagem o destaque para o fato que a apresentação das escolas de samba ocorreria por determinação expressa do Tribunal de Contas do Paraná (TCEPR), tendo em vista que as escolas receberam em dezembro de 2015 recursos na ordem de R$ 300 mil para realizar o desfile em fevereiro deste ano.

Porém, dois dias após a reunião que definiu o cancelamento definitivo do Carnaval, a Fundação Municipal de Turismo (FUMTUR), enviou ofícios para os seis presidentes das escolas de samba integrantes da AESP, solicitando a devolução dos recursos de R$ 50 mil repassados para realização do desfile que não aconteceu.

 

A FUMTUR deu prazo de cinco dias uteis para devolução dos recursos públicos, contando prazo a partir do recebimento do oficio pelas presidentes das escolas. Levando em conta a data do envio, o prazo encerra nesta quinta-feira, 29.

AESP diz que escolas prestaram contas

Coincidentemente no dia que a FUMTUR enviou os ofícios às seis escolas de samba, dia 22, o presidente da AESP, Julio Mariano, se manifestou num debate nas redes sociais a respeito da prestação de contas do Carnaval, garantindo que as escolas já haviam prestado contas do recurso recebido. “A prestação de contas já foi realizada 05/12. A culpa não é das escolas, gasto maior para o município seria desfilar no dia 31/12 e ter que repassar nova verba para 2017. Acredito que não estamos fazendo nada de má fé, pois, o carnaval de 2017 é com a grana que receberam em 2016”, postou Julio Mariano, mesmo depois decidir, junto com a prefeitura, a realização do Carnaval no Reveillon. 

 

Desde o dia da comunicação as escolas, na fanpage da AESP nas redes sociais não foram postadas nenhuma comunicação ou qualquer justificativa a respeito da devolução dos recursos públicos cobrados pela FUMTUR.

Sem a devoção dos recursos, escolas e AESP podem ficar com certidão positiva de débitos e impossibilitadas de receber recurso público, enquanto não regularizarem sua situação junto ao Poder Público.

Vale destacar que receberam repasse de R$ 50 mil para o desfile de carnaval as escolas, Leão da Estradinha, Filhos da Gaviões, Acadêmicos do Litoral, a Ponta do Caju, União da Ilha e a Mocidade Unida do Jardim Santa Rosa.