Rio Branco Sport Club se transforma em SAF para enfrentar dívidas e impulsionar crescimento
O ano de 2024 foi marcado por grandes mudanças no clube centenário de Paranaguá, o Rio Branco Sport Club. Além do acesso à elite do futebol paranaense, no dia 11 de setembro de 2024, o Leão da Estradinha iniciou uma nova fase em sua história ao se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Segundo o advogado Bruno El Kadri, atual presidente da SAF, a constituição já vinha sendo planejada há meses, mas só foi finalizada com a vinda do grupo Amaral Sport, e marca um passo estratégico para reestruturar o clube e buscar sustentabilidade financeira.
Uma gestão moderna e estruturada
Com a criação da SAF, o clube passa a ser administrado de forma mais profissional. Agora, existem duas diretorias: a tradicional, vinculada ao clube associativo, e a da SAF, focada na gestão empresarial do futebol. Além disso, foram formados o conselho fiscal e o conselho administrativo, que desempenham papéis importantes na supervisão e no planejamento estratégico.
Segundo Bruno El Kadri, o novo modelo de gestão permitirá não apenas uma administração mais eficiente, mas também a negociação de uma dívida de mais de 6 milhões de reais que vinha pesando sobre o clube. “O objetivo é criar um ambiente propício para investidores, garantindo transparência e segurança jurídica”, afirmou o presidente.
O advogado destacou que o valor total da negociação da SAF não pode ser divulgado. “Existem informações que ainda não podem ser divulgadas, pois o contrato tem cláusula de sigilo”.
A gestão de futebol e o papel de Marcos Amaral
Atualmente, além da gestão do futebol profissional e das categorias de base do Rio Branco, Marcos Amaral, proprietário da empresa Amaral Sport, está responsável por toda parte administrativa e estrutural do Rio Branco. Amaral foi o grande nome por trás do acesso do clube à Série A do Campeonato Paranaense em 2024. Seu trabalho é regido por um contrato de cinco anos, que inclui tanto o futebol profissional quanto a base.
Além de ser o gestor responsável pelo futebol, Marcos Amaral tem interesse em adquirir a SAF do clube, e, como parte do acordo, possui prioridade na compra e segue em tramitação a negociação entre o clube e a empresa Amaral Sport. Essa possibilidade aumenta as expectativas de que o modelo de gestão adotado seja consolidado e se traduza em resultados sólidos dentro e fora de campo.
A dívida e a esperança no futuro
Com a separação entre o patrimônio do clube social e o da SAF, o Rio Branco ganha maior flexibilidade para renegociar suas dívidas e atrair investidores interessados em um projeto sustentável. “Essa transição para o modelo de SAF é a chance de um recomeço, tanto no aspecto financeiro quanto no esportivo”, destacou El Kadri.
Marcos Amaral, por sua vez, representa uma figura central nesse processo de reconstrução. Com sua experiência na gestão esportiva e um contrato de longo prazo, sua liderança já trouxe resultados expressivos, e o futuro pode reservar ainda mais conquistas, caso concretize a aquisição da SAF.
O futuro do Rio Branco
Inspirado por outros clubes que se transformaram em SAFs, como Cruzeiro, Botafogo e Vasco, o Rio Branco vislumbra um futuro promissor. A expectativa é de que a combinação entre a governança profissional, liderada pela SAF, e o know-how de Marcos Amaral como gestor de futebol leve o clube a um patamar mais competitivo.
“O Rio Branco tem potencial para voltar a ser um dos grandes do Paraná, e estamos prontos para trabalhar nesse objetivo”, afirmou Amaral.
Um novo capítulo
A transformação em SAF é um marco para o Rio Branco Sport Club. Com a união entre gestão empresarial e paixão pelo futebol, o clube está preparado para superar os desafios e construir uma trajetória de sucesso. A torcida, mais do que nunca, será fundamental nesse novo capítulo.