Estado apresenta detalhes da Nova Ferroeste a fundo de desenvolvimento árabe


Por Publicado 19/11/2021 às 18h34 Atualizado 16/02/2024 às 19h41
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A presença da comitiva do Paraná na Expo Dubai, em outubro deste ano, teve os primeiros desdobramentos para o projeto da Nova Ferroeste. Na manhã da última quarta-feira (17), em reunião on line, representantes do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário apresentaram detalhes da nova estrada de ferro para o Fundo de Desenvolvimento de Abu Dhabi (ADFD), dos Emirados Árabes Unidos.

Esse movimento que o Paraná fez ao participar da Expo Dubai foi muito importante para o estado. O primeiro contato que tivemos lá nos Emirados Árabes Unidos com esse fundo foi superficial, mas eles logo demonstraram interesse em conhecer mais sobre o projeto”, disse o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.

Projeto do Governo do Paraná, a Nova Ferroeste será uma estrada férrea entre Maracaju (MS) e o porto de Paranaguá, que prevê a ampliação e modernização do trecho já existente, entre Cascavel e Guarapuava, além de novos ramais até o Mato Grosso do Sul e Foz do Iguaçu.

Ele deve ir a leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3) no segundo trimestre de 2022. A empresa vencedora vai executar a obra e explorar a ferrovia por 70 anos. O investimento previsto é de R$ 29,4 bilhões.

O Fundo de Desenvolvimento de Abu Dhabi (ADFD), vinculado ao governo daquele país, financia empreendimentos que estimulam países em desenvolvimento a alcançar um crescimento socioeconômico sustentável. A atuação pode ser na forma de empréstimos, gestão e ações diretas.

A conversa com representantes do Governo do Paraná durou cerca de uma hora, período em que o diretor financeiro da ADFD, Ahmed Alturbak, percebeu a dimensão do empreendimento Nova Ferroeste.

Alturbak destacou a posição geográfica do Paraná e a existência do porto de Paranaguá como pontos fortes do projeto. “A infraestrutura portuária e a proximidade com grandes estados produtores e outros países chama a nossa atenção para esse empreendimento”, disse.

Durante a conversa, representantes do fundo também demonstraram interesse em se associar à empresa que vai executar a obra. “Essa posição nos surpreendeu positivamente, porque eles poderiam financiar a obra e constituir sociedade com quem for explorar”, explicou Fagundes.