Exportações de óleo de soja crescem mais de 57% no primeiro trimestre, pelo porto de Paranaguá


Por Redação Publicado 06/05/2022 às 16h13 Atualizado 17/02/2024 às 07h50
Porto de cima

A Portos do Paraná divulgou, no final da semana passada, um crescimento expressivo das exportações do complexo soja, pelo porto de Paranaguá. De acordo com a estatal, nos primeiros três meses deste ano, quase cinco milhões de toneladas de cargas do produto em grão, óleo e farelo foram embarcadas pelos terminais paranaenses. O volume é cerca de 25% maior que as 3,98 milhões de toneladas carregadas no mesmo período do ano passado.

OURO LÍQUIDO


Ainda segundo a Portos do Paraná, o principal responsável pelo crescimento expressivo das exportações do setor foram os números do óleo de soja: aumento de 57,3%. Foram 327,9 mil toneladas exportadas nos três primeiros meses deste ano contra 208,5 mil toneladas carregadas no mesmo período de 2021.

Já na parte dos sólidos, o volume exportado de farelo de soja no último trimestre foi de 1,34 milhão, 38,4% maior do que as 970 mil toneladas registradas em igual período do ano passado. E nas exportações de soja em grão, a alta foi de 17,6%. Neste ano, de janeiro a março, 3,3 milhões de toneladas do granel foram embarcadas por Paranaguá. No primeiro trimestre de 2021, foram 2,8 milhões de toneladas.

Na parte dos sólidos, o aumento do volume exportado de farelo de soja foi de 38,4%; nas exportações de soja em grão, a alta foi de 17,6% . Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

TRIMESTRE AUTOSUFICIENTE


Além das exportações em alta, outro fator observado no primeiro trimestre de 2022 é que não houve registro de qualquer volume importado de óleo chegando pelo complexo soja. No primeiro trimestre no ano passado foram importadas quase 45,5 mil toneladas de óleo de soja, fatores comentados pelo diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

“Ao que tudo indica, apesar da quebra na safra, boa parte da produção tem ficado também no mercado interno. O Paraná tem um dos principais parques esmagadores de soja do Brasil. Inclusive, a tendência é que o país importe soja em grão e exporte o farelo, que tem maior valor agregado”, disse Garcia.

AUMENTO DA DEMANDA


De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), no Paraná o volume de soja produzido nesta safra está entre 11,6 e 12 milhões de toneladas. O último levantamento apontava uma quebra próxima de 45%.

Segundo o economista Marcelo Garrido, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, a soja embarcada pelo Porto de Paranaguá, nesses primeiros meses do ano, é parte de produtos ainda da safra passada e outra proveniente da safra que está sendo finalizada. “Nos últimos três anos, a média exportada de soja em grão no Paraná foi de aproximadamente 59% da quantidade produzida”, afirma. Segundo ele, o restante é o que fica no mercado interno.

Sobre a alta observada nas exportações pelos terminais do Estado, Garrido explica ser reflexo do aumento da demanda de alimentos no mundo. “Nos últimos anos, o consumo mundial tem crescido e feito com que as exportações dos países produtores de alimentos acompanhassem esta demanda”, afirma.

Equipes do Ibama são apresentadas a programas ambientais nos portos do Paraná

Também na semana passada, servidores nacionais e estaduais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) visitaram a Portos do Paraná, onde conheceram programas e subprogramas desenvolvidos pela diretoria ambiental da empresa pública paranaense. Durante o encontro, foram apresentadas as atividades realizadas nos meios sócio, biótico e físico, além dos projetos na área de segurança do trabalho.

Servidores do Ibama foram apresentados às atividades realizadas nos meios sócio, biótico e físico, além dos projetos na área de segurança do trabalho. Foto: Pierpaolo Nota/Portos do Paraná

Segundo o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, as ações consideram princípios práticos e éticos da permacultura. “É uma prática inspirada nos ecossistemas naturais, que visam a construção de comunidades humanas ecológicas ou de sistemas agrícolas estáveis, equilibrados, autossuficientes e que causem reduzido impacto ambiental“, disse, durante o encontro, em que as equipes do Ibama também indicaram caminhos de parcerias e sugeriram novas atividades junto às comunidades das baías de Paranaguá e Antonina.