Femul termina e se destaca pela qualidade técnica dos participantes


Por Redação JB Litoral Publicado 21/09/2015 às 03h00 Atualizado 14/02/2024 às 09h51

Quem participou como jurado do 2.º Festival de Música do Litoral (Femul), organizado pela Prefeitura de Paranaguá, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcul), teve sérios problemas na noite de domingo (dia 20). A escolha dos melhores artistas foi difícil devido à qualidade técnica dos artistas que subiram ao palco do Teatro Rachel Costa. Entre os 15 finalistas que se apresentaram a impressão que se tinha era que todos são profissionais e experientes.

Muitos dos participantes tinham torcidas organizadas, que vibraram a cada performance. Quem também fez um show foi a banda curitibana Sleach, antes de serem anunciados os vencedores, com vários ritmos da Surf Music.

Pelo júri popular que participou dos três dias de evento o artista escolhido foi Tom Fer. A melhor letra foi de Dom Ramon. O melhor intérprete foi Caito. A terceira música vencedora foi “Canção para ninguém”, de Wanderlem Júnior, seguida pela canção “Motivos”, de Luiz Gustavo de Oliveira. A primeira foi “Frases Vazias”, de Rafael Pereira Dias.

O Femul teve 80 inscrições em 2015. Deste total, 30 artistas foram selecionados para participar do festival, que começou na sexta-feira e teve apresentação também na noite de sábado, quando foram escolhidos os 15 finalistas. O júri era composto por professores e profissionais de música.

A presidente da Fumcul, Maria Angélica Lobo Leomil, parabenizou aos vencedores e aos demais participantes pelo “alto nível das apresentações e pelas músicas de grande qualidade” e disse que o “juri fez avaliação bem profunda”. Agradeceu ao prefeito Edison Kersten, e à diretora do Teatro Rachel Costa, Olga Maria e Castro, assim como a equipe da Fundação que estava envolvida na organização e a todos que acreditaram no Femul.

Homenageada com o Troféu Femul, confeccionado pelo artista plástico Marcos Piantá, a presidente da Sociedade Amigos da Música, Terezinha Hamud, disse ser “uma alegria muito grande” ver tantos artistas de Paranaguá subirem ao palco. “Agradeço a Prefeitura por esse evento. (…) Recebo esse troféu em nome de todos os artistas de Paranaguá, desde a década de 1960, quando a Sociedade da Música iniciou. A música é uma das mais belas artes, que invoca todos os sentimentos através do som”, destacou.

Entre os artistas o clima era de muita ansiedade, antes do anúncio dos vencedores. Após saber que tinha sido eleito o melhor intérprete no festival o jovem Caito agradeceu a “oportunidade e o carinho com que fui recebido”. E deu um recado aos outros participantes, para que “nunca deixem a crítica barrar (os planos) e que sirvam para evoluir”. “Já escutei que minhas composições eram óbvias e minha voz era clichê, mas continuei”, relatou.

Aos 64 anos o cantor e compositor Calico busca inspiração em artistas renomados como Zé Ramalho, Djavan e João Bosco. Ele trabalhou por 36 anos nos Correios e nesta época sempre fazia algumas apresentações musicais. Após se aposentar dedica o tempo todo para compor músicas e pintar quadros. Parnanguara de nascimento, mas morando em Shangri-lá, em Pontal do Paraná, participar do Femul foi uma grande oportunidade. “Muito bom o nível das apresentações. Tive dó dos jurados que tiveram que fazer essa peneirada”, destacou o artista.