Festa Feira estimula o fomento agrícola e artesanal de Morretes, segundo comerciantes


Por Redação JB Litoral Publicado 09/05/2015 Atualizado 14/02/2024

Na quinta-feira (30) teve início a 32ª Festa Feira – Agrícola e Artesanal, um dos mais importantes e tradicionais eventos do litoral. Durante a festa, além da exposição e comercialização de produtos agrícolas da região, o artesanato local e os shows artísticos são atrações à parte da festa que termina no próximo dia 10. A reportagem do JB conferiu toda a estrutura montada e conversou com os comerciantes sobre o estímulo aos seus respectivos negócios durante a festa, já que a cidade recebe milhares de pessoas.

A estrutura de barracas continua no mesmo local e basta caminhar pela famosa Rua das Flores, às margens do Rio Nhundiaquara, para começar a visualizar as frutas e verduras em exposição, além dos pães caseiros, guloseimas de doces artesanais, conservas, bebidas típicas, farinha de mandioca, sucos de frutas naturais e os trabalhos dos artesãos. Mais próximo da Praça Central do Coreto, os trailers e as barracas montadas fornecem lanches, porções, além do tradicional barreado e churrasco.
Trabalhando há 12 anos na Festa Feira, Ednilson José Bridarolli abre a barraca por volta das 20 horas e fecha normalmente entre duas e três horas da madrugada. O“carro chefe” é a coxinha de aipim, que leva um toque especial. “Desde a primeira vez até hoje sinto que muita coisa mudou, principalmente na organização. Eles investiram mais na estrutura, na segurança e também na limpeza. Isso ajuda nas vendas dos nossos produtos. Sentimos que o movimento já aumentou, pois faltando mais ou menos três horas para fechar, os produtos já estão acabando”, declara ele.O comerciante diz que pagou a quantia de R$ 1 mil pelo espaço, que geralmente é selecionado pela comissão organizadora da festa. “Sempre estivemos no mesmo local. A comissão seleciona, mas pelo fato de já trabalharmos a anos temos certa preferência. Pagamos uma taxa de R$ 1 mil, para 10 dias de festa, mas é um investimento bem pago”, conclui ele.
Trailers de lanches também fazem sucesso na festa
  Ao lado da Praça do Coreto, durante o ano todo, mãe e filha trabalham no trailer vendendo lanches há mais de 20 anos. Durante a festa, as duas recebem a ajuda de familiares, pois a clientela aumenta mais de 60%. A reportagem do JB conversou com o Duto Peterson, genro da Dona Zica, que não pôde nos atender em razão do movimento. “É sempre assim, corrido para elas e nós tentamos dar o suporte aqui. Eu acho que a força de vontade da minha sogra é o que faz o sucesso do lanche. Nós estamos aqui para ajudar na festa, pois são apenas as duas”, ressaltou. Segundo Peterson, o trailer é aberto às 18 horas e com a festa fecha às 3 horas. Durante o evento, Dona Zica vende mais de 500 lanches por noite. “Ela tem a freguesia e normalmente vende em torno de 200 lanches por dia. Durante a festa, ela já chegou a vender mais de 500 lanches”, revela.

Barracas das instituições de caridade estão na festa

 A barraca da Associação Metodista de Assistência Social (AMAS) de Morretes também está na festa fornecendo salgados e outros produtos alimentícios. Segundo o membro do Ministério da Igreja Metodista, Andrew Rapp, que ajuda na barraca da AMAS, o serviço voluntário é gratificante. “Estamos aqui por um trabalho da obra. Todo material é fornecido por parceiros, inclusive os produtos que são colhidos por membros da igreja. Apesar do trabalho, no final das contas o saldo é sempre positivo”, declara.
A única barraca que vende barreado na festa, além do espeto e o churrasco, é o da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que recebe apoio de voluntários, inclusive de funcionários da instituição que fazem questão de contribuir durante o evento. “Recebemos doação de restaurantes da cidade e também o reforço de funcionários da APAE. É a união de todos em prol da entidade. Quero ressaltar que esse ano também tivemos a participação dos membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons do projeto “Mãos que Ajudam”, e isso é fundamental para alcançarmos nosso objetivo”, disse Maria Victoria da Cruz, presidente há dois anos da APAE”.Segundo ela, o desafio agora é a construção da sede da entidade. “Conseguimos o terreno com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e agora o nosso objetivo é a construção de instalações adequadas para que nossos alunos sejam atendidos com dignidade. Contamos com o apoio da sociedade”, conclui.