Flávia questiona representante da Contrel e cobra prefeitura


Por Redação JB Litoral Publicado 22/08/2014 Atualizado 14/02/2024

Na sessão legislativa do dia 16 do mês passado, a vereadora Flávia Rebello Miranda (PT) sabatinou o sócio-gerente da Contrel, Dionísio Tadeu Naressi, focando com mais profundidade os valores praticados pela empresa. Ela questionou também o contrato firmado com a prefeitura e abordou a necessidade de um melhor atendimento da empresa aos morretenses, afirmando que intensificará o número de indicações para que os seus serviços à população sejam feitos de forma mais qualificada. 

Inicialmente, a vereadora Flávia, parabenizou a presença de Dionísio no plenário e indagou se já haveria algum plano para a aplicabilidade da segunda parte do contrato firmado com a prefeitura, assim como se os produtos com preços exorbitantes presentes nessa etapa contratual já teriam sido adquiridos. Sobre a aplicação da segunda parte do contrato, Dionésio afirma que “ainda não há intenção alguma por parte da administração municipal, mas caso haja esta intenção, a empresa atenderá prontamente”.A respeito da compra dos produtos, o representante afirmou que nenhum equipamento ainda foi adquirido. 

Respondendo a vereadora sobre a porcentagem de expansão da iluminação pública na cidade pela Contrel, o gerente da empresa afirmou “que conhece o município de Morretes, porém desconhece as suas necessidades”, completando que é de “suma importância a colocação de iluminação onde as pessoas estão solicitando e onde há uma real necessidade, sendo que toda a ampliação depende de uma reivindicação dos moradores”. Sobre o prazo de atendimento das ocorrências, Dionésio ressaltou que “se a equipe chegar no local para a instalação ou manutenção do equipamento, o prazo contratual é de cinco dias úteis a partir da reclamação do cidadão. Porém, não há prazo para a colocação de luminárias novas, mas a empresa está atendendo neste mesmo prazo de cinco dias úteis”. Outro ponto citado pela vereadora é o atendimento aos cidadãos, algo que deve ser melhorado, segundo ela, devido ao atendimento por telefone ser difícil aos usuários.

O gerente da Contrel expôs que “os contratos desta natureza preveem, em primeiro lugar e a disponibilização do 0800, na sequência, passou ter no portal do cidadão, tudo isto visando que o mundo está entrando em um novo padrão tecnológico”. Outra possibilidade é que o cidadão envie “suas reclamações diretamente na Secretaria de Obras, e esta passaria à empresa contratada via portal do cidadão”, afirmando que “não vê forma mais ágil de haver esta comunicação”.

Vereadora cobrou melhorias

Flavia cobrou ainda melhorias nas inovações tecnológicas no município e o representante da Contrel ressaltou que “pode aplicar nestes bairros mais retirados o sistema de tele-gestão, ou seja, iria haver todo um monitoramento da iluminação e assim que uma lâmpada deixasse de funcionar, o sistema acusaria qual lâmpada e sua localidade para o serviço de manutenção, dispensando a formulação de uma reclamação por parte do cidadão. Esta é uma forma eficaz, porém depende da vontade da administração pública para a sua aplicação”.

A vereadora agradeceu ao representante da empresa pelas respostas aos seus questionamentos e lamentou a falta de alguém da administração municipal para sanar suas dúvidas, acerca dos valores constantes no edital de licitação. Dionésio fez questão de afirmar que a Contrel fez a manutenção de 900 lâmpadas no município. Segundo ele, caso não houvesse esse contrato da Contrel com a prefeitura, cerca de “1/3 do município ficaria no escuro em termos de iluminação pública”.

A legisladora, afirmou ainda que “irá encaminhar à Contrel, por meio de ofício, reivindicações de cidadãos, algumas delas de muitos anos, as quais a Copel não tratou e nem analisou com a devida atenção”. O representante da empresa afirmou que irá tratar dos temas repassados pela vereadora, apesar disso, afirma que, a solução depende da administração pública. “Existem cróquis feitos para a instalação de diversos braços de iluminação, mas depende de um ofício da prefeitura à Copel, e esta tem 30 dias úteis para aprovar ou não aprovar”, afirmou Dionésio, demonstrando a responsabilidade da prefeitura sobre o assunto.

Flávia lembrou que “há recursos da COSIP para dar o atendimento à estas obras e não tem o porque a administração pública se negar a dar o consentimento”.