Gasolina e gás de cozinha têm aumento histórico
A gasolina, o diesel e o gás de cozinha passaram a contar com um novo preço a partir de hoje (10). O aumento foi anunciado pela Petrobras após 50 dias sem reajuste. A partir de agora quem for abastecer o carro terá que desembolsar 18,8% a mais por litro. Já o diesel agora custa 24,9% acima do valor anterior.
A mudança é um aumento histórico e, segundo a estatal, ocorreu para que houvesse uma equiparação dos valores internacionais do barril do petróleo. Os novos preços são:
- Gasolina: de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro;
- Diesel: de R$ 3,61 para R$ 4,51 o litro; e
- Gás de cozinha: de R$ 3,86 para R$ 4,48 o kg.
Esses valores são referentes à venda para as distribuidoras, portanto, o preço final que chegará aos consumidores dependerá de cada posto de gasolina ou empresa de venda de gás.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras“, explicou em nota a empresa pública.
A reportagem entrou em contato com o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Curitiba, Região Metropolitana e do Litoral (Sinpospetro) para saber quando o aumento chegará às bombas de combustível, mas o sindicato afirmou não ter uma definição concreta sobre o tema.
Em outros estados, como São Paulo, o reajuste é instantâneo, ou seja, já está em vigor.
ENTENDA O AUMENTO
Com a invasão da Rússia a Ucrânia e as centenas de sanções econômicas impostas pelo ocidente ao maior país do mundo, um dos produtos mais afetados foi o petróleo.
Como a Rússia é um dos maiores distribuidores mundiais, o mercado internacional vem aumentando o preço do produto para conter a diminuição da oferta.
O Brasil adotou na Petrobras em 2017, durante o governo Michel Temer (MDB) uma política de equiparação de preços ao mercado internacional. Ou seja, se o valor do barril estiver alto lá fora, a distribuição doméstica passa a “competir” com o cenário estrangeiro.
Com essa política, a estatal brasileira vem acumulando lucro. Só em 2021 foram mais de R$ 106 bilhões em ganhos. Um número 15 vezes maior que no ano anterior. Mas, por outro lado, o preço final nas bombas de gasolina seguem escalonando e atingindo os patamares históricos mais altos.